Na história da televisão brasileira, aconteceram alguns casos de novelas e programas que saíram do ar após a morte de seus protagonistas.
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Essa triste situação foi vivida pela TV Tupi há exatamente 47 anos, no dia 28 de dezembro de 1973, quando a novela O Conde Zebra foi tirada abruptamente do ar apenas um mês e meio após a sua estreia.
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Na manhã do dia seguinte, morria, com apenas 52 anos, o ator e humorista Otelo Zeloni, que havia descoberto um tumor cerebral ainda em novembro. Nascido em Roma, na Itália, em 26 de novembro de 1921, o artista chegou ao Brasil em 1947 e, além de filmes, fez sucesso no humorístico Família Trapo (foto abaixo), apresentado pela Record no final dos anos 1960.
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Despretensiosa, O Conde Zebra era escrita por Sérgio Jockyman (1930-2011) e dirigida por Luiz Gallon (1928-2002), tendo substituído A Volta de Beto Rockfeller, tentativa da emissora de reconquistar o sucesso alcançado pela trama original, de 1968, novamente com Luis Gustavo, mas sem chegar perto de obter o mesmo êxito.
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Novela com toques de humor
A produção, que tinha enredo humorístico, mostrava a história de Vitório Testada (Zeloni), um humilde imigrante italiano. Um dia, uma santa aparece em um sonho e dá os números para ele jogar na loteria. Ele acaba vencendo e se torna milionário, inclusive comprando um título de nobreza, passando a se chamar Dom Vespasiano Testardo, o Conde Zebra do título.
A partir daí, começam as mais variadas confusões, envolvendo pedidos de amigos e parentes, confusões com sua namorada Sincerina (Ruthinéia de Moraes) e muito mais. Além deles, também estavam no elenco Renato Consorte, Alceu Nunes, Yara Lins e Flamíneo Fávero, entre outros.
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Além da história, que não teve tempo de ser desenvolvida, o ator comandava o programa de culinária Zeloni Forno e Fogão, ao vivo nas manhãs de domingo.
À Tupi, restou colocar reprises no ar enquanto preparou, às pressas, O Machão, também de Jockyman, que estreou em 5 de fevereiro de 1974 e fez sucesso.