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No último domingo (4), Eliana comemorou os 13 anos de seu retorno ao SBT e, consequentemente, da estreia de seu programa.
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É uma pena que a atração esteja completamente enfadonha e repetitiva. A apresentadora estagnou; o dominical está em sua pior fase.
Volta ao lar
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Eliana retornou ao SBT em 2009, quando Silvio Santos avançou sobre a concorrente Record em resposta à contratação de Gugu Liberato. A volta da artista foi cercada de expectativas, todas correspondidas. A variedade de quadros proporcionava um programa dinâmico e descontraído.
Até mesmo as experiências científicas que a acompanhavam desde os tempos de apresentadora infantil eram capazes de prender o espectador em meio à guerra dos domingos. Vários formatos, mesmo com boa recepção, foram usados apenas uma vez, porque haviam outras tantas possibilidades para a atração.
Eliana cansou?
O formato atual padece com a falta de variedade. O Famosos da Internet, exibido há tempos, segue com a mesma dinâmica. A fórmula está esgotada, assim como a do quadro Beleza Renovada, inspirado em um reality show. A disputa culinária Minha Mulher que Manda, embora recente, tem caminhado para a exaustão.
A única novidade este ano foi o Drive Thru Okê, game importado que não difere em nada dos conhecidíssimos shows de calouros. A dinâmica ainda atrapalha quem disputa: o campeão não é quem canta melhor, mas aquele que se sai bem um sorteio. A competição também está aquém de tudo que o dominical já ofereceu.
Nada, porém, supera as histórias tristes… O programa recebe, praticamente toda semana, pessoas necessitadas com histórias de vida comoventes, envolvidas em game que valem dinheiro – um auxílio que, sabemos desde o início, os participantes vão ganhar de qualquer forma.
As narrativas são muito parecidas e colocam a atração mais próxima do estilo Record – Rodrigo Faro sempre valorizou o assistencialismo – do que do SBT. Tal formato também não combina com Eliana, que sempre prezou pelas pautas sociais, mas com informação e alegria. A sensação durante o programa é de que ela está cansada.
Direção acomodada
A plateia, que já é minúscula, não tem serventia alguma. Os integrantes só batem palmas nas idas e vindas dos intervalos ou durante as ações de merchandisings. Um baita desperdício! Este, aliás, é um problema crônico dos auditórios da emissora, com exceção das atrações de Silvio Santos e Ratinho.
Para quem está assistindo, a impressão é que a direção do programa está acomodada, presa à vice-liderança que a impede de tentar ousar: formatando conteúdo, modificando quadros, investindo em pautas alegres e na participação de artistas, bem como na interação da apresentadora com estes e com a plateia.
A direção artística do SBT também parece não cobrar nada de Eliana. É fato que o dominical entrega bons números de audiência e de faturamento. Além disso, a artista é a cara dos domingos. Isso, certamente, explica a fidelidade à atração, cada vez mais chata e repetitiva.
É impossível assistir um programa Eliana do começo ao fim!
Com o máximo de duas pautas por edição, o programa Eliana soa exaustivo. Ninguém sabe o porquê da insistência em tão pouco conteúdo. Falta de verba, como a apresentadora comentou em recente entrevista para um podcast? De qualquer forma, a estratégia é ruim.
O espectador que não se interessar pelo primeiro quadro pode voltar depois de duas horas. Aquele que espia a atração nos intervalos da concorrência pode cansar de zapear enquanto espera a resolução…
Eliana no SBT completa 13 anos com poucos motivos para comemorar. A carreira ilustre, muito bem conduzida por ela, está presa a um formato que não agrega em nada. Talvez pior até do que, quando à frente da Sessão Desenho, ela ficava sentada diante da câmera dançando com as mãos…
Uma mudança drástica por parte da direção e liberdade para a apresentadora opinar e sugerir novos conteúdos, ampliando as ofertas do dominical, são medidas necessárias. É preciso repensar o programa para que a artista siga no SBT e não tenha, quem sabe, vontade de conhecer a estrutura e o apoio das concorrentes…