Drica Moraes: “o set de gravação é sempre um mistério”

01/11/2016 às 7h00

Por: Redação
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Aos 47 anos, Drica Moraes coleciona muitos trabalhos de sucesso ao longo de 30 anos de carreira na televisão, no teatro e no cinema. À Bianca Ramoneda, no Ofício em Cena, que vai ao ar nesta terça (01/11), às 23h30, na GloboNews, ela fala especialmente sobre os seus dois últimos trabalhos na TV, tão intensos.

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Apesar da preparação que fez para seus papeis na minissérie Justiça e na novela Verdades Secretas, ela explica que o set de gravação é sempre um mistério, porque ali acontece a troca com os outros, que estão criando também.

Sobre Vânia, sua personagem em Justiça, conta: “essa temperatura alta e essa voltagem têm muito a ver com a concentração, que acho que é a palavrinha mágica para o ator. Lembro que eu começava já falando alto no camarim, na maquiagem, ensaiando, testando os xingamentos. Queria palavras em ‘pernambuquês’ e as pessoas que estavam comigo começaram a me nutrir de palavras. A gente começa a trabalhar muito antes de entrar no set. Ator é um bicho meio doido, você sabe que vai ter que fazer aquela cena às oito da noite e começa a testar como é dar aquela gargalhada, aquele berro e vai experimentando”, conta a atriz.

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Sobre Verdades Secretas, comenta a importância da construção do personagem pelo autor. “Fui muito bem sustentada nessa construção pelo autor porque o Walcyr [Carrasco] escreveu esse personagem de maneira primorosa. Ele me nutria diariamente de frustrações que iam desembocar num grande mar de emoções. Então eu tinha um prato feito, quente, para mim”.

Ela explica como foi gravar a sua última cena, quando Carolina se mata ao descobrir que sua única filha tinha um caso com o seu marido. “Eu tinha do meu lado o Mauro Mendonça, um diretor que é milimétrico no querer, no pedir e na maneira de conduzir. Ele me preparou, abriu uma câmera na minha cara e falou: “faz como você quiser”. Depois, na hora que ela se mata, o Maurinho ainda falou: “quero um sorrisinho”. Um toque de mestre, né?”, lembra.

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Conhecida também por bons papeis na comédia, a atriz conta que sempre procura imprimir aos seus personagens um toque de humor, assim como faz na sua vida. Principalmente depois que se curou de um câncer, uma experiência difícil e que trouxe um grande aprendizado.

“Não tem nenhum personagem em que você não possa botar humor. Eu confio que o humor pode estar nas piores situações da sua vida. Porque é com ele que você vai atravessar os piores momentos da sua vida. Foi assim comigo. Essa experiência me dá muita consciência de que a gente acaba a qualquer momento. Então me deu uma relação com a finitude e me jogou para um lugar de valorização. Me deu um tempo de pensar, de elaborar, de pensar personagens, menos ligados com as ansiedades da juventude. Eu posso fazer personagens mais quietos, mais calados, eu sei que tem como preencher só com o que se passa dentro da gente”, reflete.

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