Domingo dos brasileiros começa triste com morte de estrela da Globo

06/08/2023 às 11h03

Por: Thais Milena
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Exibida em 1982, a novela Elas por Elas marcou época na história da televisão brasileira. A trama, que ganhará nova versão em breve na Globo, contou com sete protagonistas, entre elas uma atriz que nos deixou recentemente.

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No último dia 1º de agosto, morreu, aos 91 anos, a atriz Maria Helena Dias. Ela, que vivia reclusa desde 2007, estava internada em um hospital desde o dia 24 de julho, após ter passado mal em sua casa.

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Ela foi acometida por uma broncopneumonia e uma trombose na perna, foi submetida a uma angioplastia e não resistiu. A causa de sua morte foi infarto e pneumonia, e o falecimento só foi divulgado três dias depois, através do site Memórias Cinematográficas.

“Ovelha negra”

Maria Helena Dias em A Ponte dos Suspiros

Maria Helena Dias em A Ponte dos Suspiros (Acervo Globo)

Maria Helena Dias nasceu em São Paulo (SP) em 13 de setembro de 1931. Após retornar de uma viagem aos Estados Unidos, ela deu início à trajetória artística, com o apoio de sua mãe.

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“Para minha família, fui uma espécie de ovelha negra no início. Para o pessoal de teatro e TV, sou muito equilibrada. E é natureza! São polos bem diversos, opostos. Sou de família tradicional paulista, quatrocentona, em que minha mãe foi um caso à parte. Sempre me ajudou a decorar meus textos e me deu total apoio. Até hoje, é ela que recorro quando preciso”, exaltou Maria Helena em entrevista ao jornal O Globo, em 25 de outubro de 1981.

As estreias na TV e no cinema coincidiram… Na década de 1950, Dias participou de teleteatros produzidos pela Tupi de São Paulo e de filmes como Chofer de Praça (1958) e Zé do Periquito (1960) – estrelados por Amácio Mazzaropi.

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Carreira na televisão

Maria Helena Dias em Elas por Elas

Maria Helena Dias em Elas por Elas (Reprodução / Globo)

Nos anos 1960, Maria Helena Dias passou por Record, Tupi e Globo. Nesta última, participou de A Grande Mentira (1968) e A Ponte dos Suspiros (1969). Ela transitou entre a emissora líder e a pioneira na década seguinte, passando por títulos como Escalada (1975) e Um Sol Maior (1977).

A partir de 1979, a estrela emendou vários trabalhos na Globo: Pai Herói (1979, foto), Água Viva (1980), Plumas & Paetês (1980), Ciranda de Pedra (1981), Elas por Elas, Champagne (1983) e Um Sonho a Mais (1985), além de episódios das séries Caso Verdade (1982) e Mário Fofoca (1983).

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Principal papel na televisão

Maria Helena Dias e Reginaldo Faria em Elas por Elas

Maria Helena Dias e Reginaldo Faria em Elas por Elas (Reprodução / Globo)

O grande destaque da carreira de Maria Helena Dias na TV foi Elas Por Elas. Carmem, esposa de Rubão (Ivan Cândido), vivia às voltas com os cuidados da casa e dos filhos Elton (Cássio Gabus Mendes) e Vic (Ana Helena Berenger).

Após a morte do marido, ela descobriu-se apaixonada pelo cunhado Renê (Reginaldo Faria), com quem sempre implicou.

Carmem compartilhava os dilemas de seis amigas dos tempos de colégio: Márcia (Eva Wilma), Wanda (Sandra Bréa), Helena (Aracy Balabanian), Adriana (Esther Góes), Natália (Joana Fomm) e Marlene (Mila Moreira). O reencontro delas foi o ponto de partida do enredo.

Reclusão

A Próxima Vítima - Maria Helena Dias

Maria Helena Dias em A Próxima Vítima (Reprodução / Globo)

Maria Helena transitou entre Globo e Manchete nos anos 1980 e 1990. Dois destaques deste período foram a Zuleika Cinderela, de Tieta (1989), e a Leontina, de A Próxima Vítima (1995) – breve e decisiva participação na trama policial assinada por Silvio de Abreu.

Em 1997, após concluir as gravações de Anjo de Mim, a atriz decidiu sair de cena. A volta ao vídeo se deu em 2006, com uma passagem por Cobras & Lagartos. Ela também gravou um episódio da segunda versão de Carga Pesada, em 2007.

Maria Helena Dias em Carga Pesada

Maria Helena Dias em Carga Pesada (Reprodução / Globo)

A veterana, instalada no Rio de Janeiro desde 1971, foi casada duas vezes e optou por não ter filhos.

“Acho que não conseguiria me dividir em profissional, mãe e dona de casa. Admiro as pessoas que conseguem, mas não saberia fazer o mesmo”, admitiu em matéria de O Globo.

Desde então, ela levava uma vida pacata no bairro de Ipanema, na capital fluminense.

O corpo de Maria Helena Dias foi velado e cremado no Cemitério do Araçá, no Rio de Janeiro.

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