Dificuldades para gravar: veteranos se despediram das novelas em O Clone

Beatriz Segall e Mário Lago

O elenco de O Clone, novela exibida entre 2001 e 2002 pela Globo e que está sendo exibida novamente no Vale a Pena Ver de Novo, foi recheado de veteranos. Dois desses nomes tiveram sua última presença no gênero na trama de Glória Perez.

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Relembre a trajetória dos artistas:

Mário Lago

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Quando foi convidado para reviver o Dr. Molina, de Barriga de Aluguel, em O Clone, Mário Lago já estava com a saúde debilitada devido a um enfisema pulmonar.

Durante as gravações, o veterano ator usou uma cadeira de rodas e precisou fazer pausas para aspirar oxigênio.

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Poucos meses após o término da trama, em janeiro de 2002, Lago precisou ser internado em decorrência de uma pneumonia bacteriana. Ele veio a falecer em 30 de maio do mesmo ano, aos 90 anos, devido a uma complicação respiratória, em sua casa, no Rio de Janeiro.

Além de um dos atores mais importantes da nossa história, Mário Lago foi advogado, poeta, radialista e compositor. Foi o autor, por exemplo, de sambas populares como “Ai, que saudade da Amélia” e “Atire a primeira pedra”, ambos em parceria com Ataulfo Alves.

Atuou em radionovelas e trabalhou em diversas telenovelas também, entre elas Selva de Pedra, O Casarão, Dancin’ Days, Elas por Elas, Roda de Fogo e Barriga de Aluguel. O Clone foi sua última participação num folhetim.

No ano passado, a família de Lago venceu um processo judicial de R$ 500 mil movido contra o Seu Jorge e a gravadora Universal Music. Além disso, estão esperando receber R$ 1,5 milhão em outra ação movida por direitos autorais, desta vez contra a margarina Amélia.

Segundo os descendentes do compositor, a Vigor Alimentos, proprietária da marca, distribuiu no mercado varejista embalagens do produto com a frase “Amélia, o sabor de verdade”.

De acordo com a defesa, a frase remete ao samba lançado pelo artista em 1942 e foi usada sem autorização.

Perry Salles

Em O Clone, sua última novela, Perry Salles foi Mustafá, primo de Mohamed (Antonio Calloni), Said (Dalton Vigh) e Nazira (Eliane Giardini). O personagem começa a trabalhar na loja de Mohamed, no Brasil, e acaba tendo altos e baixos com Nazira.

Filho adotivo da atriz Yara Salles, o ator iniciou a carreira artística em 1961, no cinema, onde brilhou na comédia O Dono da Bola. Atuou em mais de 10 filmes e foi diretor em duas produções.

Já na televisão, seu primeiro trabalho foi em Sublime Amor (1967), na TV Excelsior. Fez ainda João Juca Jr. (1969) e O Anjo (1973), ambos na TV Tupi. Atuou em Tilim (1970), Os Deuses Estão Mortos (1971) e O Príncipe e o Mendigo (1972), na Rede Record.

Na Globo, Perry fez Os Gigantes (1979) e Mandala (1987), onde viveu Laio, seu papel de maior destaque na televisão.

Perry Salles teve cinco filhos, sendo três de sua primeira esposa, Filomena Chaves, e o quarto com a atriz Miriam Mehler – o rapaz faleceu em 1990, aos 31 anos, vítima de um acidente de moto.

Seu último casamento foi com Vera Fischer, com quem teve uma filha, Rafaela. O casal viveu por 17 anos como marido e mulher e, até a morte de Perry, como bons amigos.

O ator morreu em 17 de junho de 2009, aos 70 anos, vítima de câncer. Anteriormente, Perry já havia infartado e passado por cirurgia. Na sequência, foi diagnosticado um câncer de pulmão agressivo, que atingiu o cérebro, levando-o à morte. Ele recebeu cuidados da ex-mulher até o final.

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