Listamos abaixo 10 novelas que terminaram nos últimos dias do ano, inclusive na véspera de Natal e em pleno dia do Réveillon.
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Prática comum na Tupi nos anos 1960 e 1970, até a Globo já teve desfechos exibidos nessa época, mas não faz isso desde Tropicaliente (1994), por questões estratégicas de audiência. Dessa forma, tal fato dificilmente acontecerá novamente.
Confira:
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Tropicaliente
Última novela da Globo que terminou no final do ano, em 30 de dezembro de 1994. Trama de Walther Negrão para às 18h, que partia do ódio do filho Vitor (Selton Mello) pela mãe Letícia (Sílvia Pfeifer), jovem viúva que volta ao Ceará para reviver uma paixão do passado com o pescador Ramiro (Herson Capri).
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Destaque para Regina Dourado, como Serena, esposa de Ramiro que, por fim, o reconquista, além da jovem Carolina Dieckmann (foto acima).
Vila do Arco
Novela da Tupi, terminou em plena véspera de Natal, no dia 24 de dezembro de 1975. O autor Sérgio Jockyman adaptava para a televisão o romance O Alienista, de Machado de Assis, centrado nas loucuras de Simão Bacamarte (Laerte Morrone), que constrói um hospício na cidadezinha de Vila do Arco; quando vê, já internou todos os moradores, mas ainda não é capaz de compreender que foi ele quem perdeu a sanidade. Estreia de Herson Capri em novelas.
O Caminho das Estrelas
No dia 28 de dezembro de 1965, terminava a novela O Caminho das Estrelas, da TV Excelsior. O cantor Agnaldo Rayol estava à frente desta trama, como o boêmio Carlos Dória, também cantor, casado com a milionária Silvia (Arlete Montenegro).
Problemas com familiares acabam afetando a união e levam Carlos a perder a voz; tempos depois, na Europa com a esposa e o filho, ele se recupera. Ainda no elenco Glauce Graieb (estreando na TV), Maria Estela, Paulo Figueiredo e Procópio Ferreira.
O Conde Zebra
Esse caso entra na lista, já que terminou em 28 de dezembro de 1973, mas esse término não estava programado. No centro deste folhetim de Sérgio Jockyman estava o verdureiro Vitório Testada (Otelo Zeloni), que confia em um sonho e torna-se o maior vencedor da loteria de todos os tempos.
Compra então um título de nobreza, enquanto lida com o assédio de familiares gananciosos, contando apenas com o amor de sua namorada, Sincerina (Ruthinéia de Moraes).
A novela foi interrompida em razão do estado de saúde de Zeloni, acometido por um tumor cerebral que o levou em 29 de dezembro de 1973.
Ciúme
No dia 30 de dezembro de 1966, terminava na Tupi mais uma novela que pouca gente se lembra.
Folhetim de Talma de Oliveira, no ar às 21h30, que partia da história de Augusta (Cacilda Becker), uma mulher dominada pelo ciúme doentio que sente do filho, Eugênio (Sebastião Campos), afastando-o de Maria Luiza (Dina Sfat), noiva do rapaz.
A única novela de Cacilda Becker, que, ao final, declarou preferir o teatro.
Cara a Cara
A Band tornava a investir em teledramaturgia, incitada pela crise que culminou com o fechamento da Tupi no ano seguinte.
Astros da emissora pioneira e da Globo foram convocados para a produção, escrita por Vicente Sesso, centrada no conflito de Ingrid (Fernanda Montenegro), uma milionária em busca de seu filho desaparecido. A trama terminou em 30 de dezembro de 1979.
Toninho on the Rocks
Novela terminando no dia 31 de dezembro? Não foi somente uma. Essa trama da Tupi terminou nessa data em 1970. Casados na “vida real”, Antônio Marcos e Débora Duarte viviam os protagonistas desta trama de Teixeira Filho, dirigida por Lima Duarte, lamentavelmente marcada pelo insucesso.
Ele, um forasteiro misterioso; ela, uma universitária adoentada. Em defesa de Toninho (Antônio), o bondoso Padre Lírio (Raul Cortez); contra o romance de Anita (Débora), seu pai, o poderoso Coronel Bráulio (Jaime Barcelos).
Saramandaia
Dias Gomes retornava ao horário das 22h, após uma tentativa de passagem pela faixa das 20h – onde viu sua trama, Roque Santeiro, ser censurada no dia de estreia.
Saramandaia marcou a estreia do gênero realismo fantástico, com personagens curiosos como Dona Redonda (Wilza Carla), que explodia de tanto comer, e João Gibão (Juca de Oliveira), que podava suas asas (numa alusão à Censura), mas voava no final, exibido em 31 de dezembro de 1976 pela Globo.
Éramos Seis
Terceira adaptação do romance homônimo de Maria José Dupré, essa versão da Tupi terminou em 31 de dezembro de 1977 e marcou a estreia de dois autores: Rubens Ewald Filho, crítico de cinema, e Silvio de Abreu, que até recentemente foi diretor do departamento de teledramaturgia diária da Globo.
Nicette Bruno vivia dona Lola, a abnegada esposa de Júlio (Gianfrancesco Guarnieri), mãe de quatro filhos, que vê a família se dissolver com o passar dos anos. O SBT regravou o texto em 1994 e a Globo fez nova versão entre 2019 e 2020.
A Sétima Bala
Obscura novela bíblica produzida pela emissora para o programa Caminhos da Esperança, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, teve seu desfecho mostrado no dia 31 de dezembro de 1997 pela Record. O enredo partia de um assassino redimido na cadeia, após se entregar a Jesus.
Nomes como Alexia Deschamps, Laerte Morrone, Maurício Branco, Monique Lafond, Raymundo de Souza, Roberto Frota, Roberto Pirillo e Rosaly Papadopol integravam o elenco.