Muitos podem não saber, mas o humorista Renato Aragão, o eterno Didi dos Trapalhões, tem uma forte relação com a Record. Mesmo tendo se destacado ao longo de décadas na tela da Globo, o ator e a emissora de Edir Macedo firmaram um acordo milionário enquanto o comediante ainda era contratado do canal carioca.
Acontece que Renato era dono do complexo que a rede dos bispos usa para gravar suas telenovelas. O local, um dos principais itens do patrimônio do artista, era usado para as filmagens de seus filmes e foi vendido graças a um acordo de cinco anos entre as partes.
Após o repasse, os estúdios foram chamados de RecNov. Era a resposta do canal a Central Globo de Produções, que na época se chamava Projac.
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Elefante branco
Localizada em Vargem Grande, no Rio de Janeiro, a grandiosa cidade cenográfica que permite a produção de diversas produções de maneira simultânea está a cargo da produtora Casablanca, inclusive passando a ser esse o seu nome.
O acordo visava render cerca de R$ 5 milhões à emissora de Edir Macedo (foto acima), mas tudo não passou de um elefante branco.
Quando comprou o lugar, a Record tinha ideia de manter três horários de novelas ao mesmo tempo, mas o projeto foi abortado muito rápido; a empresa custava produzir uma por vez, recorrendo a reprises entre uma produção e outra.
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Problemas de saúde
Longe da TV desde 2020, quando deixou a televisão dos Marinhos, Renato Aragão, que possui uma fortuna avaliada em mais de R$ 180 milhões, passou por diversos problemas de saúde.
Ele sofreu um AIT (Acidente Isquêmico Transitório), em dezembro do ano passado, as vésperas de completar 88 anos. Pouco tempo depois, o ator ficou 12 dias internado devido a um quadro de infecção urinária.
Antes, em 2014, Renato já havia sofrido um AVC horas depois do aniversário de 15 anos de sua filha.
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Fim do Didi?
Recentemente, Renato Aragão ficou de fora do Criança Esperança, atração transmitida anualmente na Globo e que tem como objetivo conscientizar a população e as autoridades em prol dos direitos da infância e adolescência.
O ex-contratado da emissora foi o mestre de cerimônias da atração durante muitos anos, mas desde 2012 deixou o comando do formato, que tem contado com um rodízio de apresentadores.
Para piorar, na última semana o jornalista Ricardo Feltrin noticiou que Renato perdeu os direitos de utilizar o nome Didi comercialmente. A marca, que estava registrada há quase 60 anos, tornou-se propriedade da empresa chinesa Beijing Didi Infinity.
Entretanto, a esposa do humorista, Lilian Aragão (na foto acima com Renato), afirmou que a informação não procedia:
“De onde inventaram esse absurdo? É mentira”, afirmou ao O Globo.
Longe da Globo há quatro anos, Renato Aragão voltará à ativa com a peça teatral O Adorável Trapalhão, prevista para estrear no primeiro semestre de 2024.
