Saiba o que aconteceu com o ator que fez Batista em O Cravo e a Rosa

Luis Melo

Nascido em Curitiba (PR), Luis Melo é formado pelo Curso Permanente da Fundação Teatro Guaíra. Sua vasta experiência como ator o fez professor de interpretação até 1985, e sua cidade natal.

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Foi dirigido por nomes importantes do teatro brasileiro, como Emílio de Biasi e Antunes Filho.

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Mudou-se para São Paulo e, por 10 anos, foi o primeiro ator do grupo de teatro Macunaíma.

Estreia tardia na televisão

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Apesar da vasta experiencia como ator, Luis Melo só foi para a televisão em 1995, em Cara & Coroa, como o romântico Rubinho, papel que lhe rendeu popularidade.

Sua atuação lhe trouxe o Troféu APCA de Melhor Ator em TV e o Prêmio Contigo, de Revelação Masculina.

Apesar de nunca deixar o teatro de lado, ainda esteve no elenco de O Amor Está no Ar (1997), Pecado Capital (1998), Hilda Furacão (1998) e Suave Veneno (1999).

Sucesso em O Cravo e a Rosa

Em 2000, veio uma de suas mais importantes participações na televisão, em O Cravo e a Rosa, sucesso que voltou recentemente na Globo.

Ele participou da trama como Nicanor Batista, o submisso, conservador e rico pai de Catarina (Adriana Esteves) e Bianca (Leandra Leal).

O ricaço tem o sonho de ser prefeito e, por trás da imagem moralista, mantém uma vida dupla, tendo outra família e fingindo ser caixeiro viajante.

Seus outros dois filhos, Jorge (João Capelli) e Fátima (Thaís Müller), são fruto do relacionamento com Joana (Tássia Camargo). Não contente, ele ainda se engraça com a cocote Kiki (Rejane Arruda).

Entre crises de gastrite e os destemperos de Catarina, Nicanor vai levando sua farsa adiante e obrigando a rebelde filha a se casar urgentemente. Como mentira tem perna curta, ao final Nicanor é desmascarado e passa por maus bocados.

Polêmica em Sol Nascente

Incansável, Luis Melo ainda participou de A Invenção do Brasil (2000), A Padroeira (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003), América (2005), JK (2006), dentre outras. Em muitas tramas, viveu vilões, interpretados com maestria.

Depois de Morde & Assopra (2011), se destacou em Amor à Vida (2013), e participou de Além do Tempo (2015) e Sol Nascente (2016).

Nessa trama, a escolha do ator para interpretar o japonês Tanaka fez com que a produção fosse acusada de yellow-face – uma correlação do black-face, em que atores brancos se pintam para viver personagens negros.

No caso da novela, um ator branco (mestiço na realidade, já que Luís Mello tem ascendência indígena) que se caracterizou de japonês.

“Pegou mal, ficou feio, e a novela teve de justificar várias vezes no texto que Tanaka era filho de um japonês com uma americana. Também Giovanna Antonelli, como Alice, a filha branca do japonês – na trama da novela, foi explicado que a personagem era sua filha de criação”, explicou nosso colunista Nilson Xavier.

“Alvo de críticas de grupos de filiação oriental, a Globo foi questionada por não ter escalado atores de origem nipônica para os personagens, em vez de remendar com explicações sobre suas ascendências”, completou.

Cortado de Nos Tempos do Imperador

O ator chegou a gravar algumas cenas da novela Nos Tempos do Imperador, recentemente exibida na faixa das seis na Globo, porém foi cortado do elenco por integrar o grupo de risco da pandemia de Covid-19.

Assim como em O Cravo e a Rosa, seu personagem se chamaria Batista, que acabou ficando a cargo de Ernani Moraes; sua esposa na trama, Lota, seria vivida por Vera Holtz, que passou o bastão para Paula Cohen.

Solteiro por opção e sem filhos, Luis Melo, que atualmente tem 64 anos, já declarou ter passado por muitas dificuldades no começo de sua carreira, mas que também era feliz, pois tinha mais liberdade.

O ator não é muito adepto das redes sociais, usando-as apenas para divulgar seu trabalho.

Atualmente, mora em São Luiz do Purunã, que fica a 50 quilômetros da capital paranaense.

“Existe uma energia muito forte, tudo é muito intenso aqui”, declarou em entrevista à RPC.

Recentemente, ele criou no local um espaço para o desenvolvimento de novos artistas.

“A ideia é que as pessoas tenham liberdade e recursos para que elas possam criar”, concluiu.

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