Desperdício: autora esqueceu que personagem de Vai na Fé existe
07/07/2023 às 18h45
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A primeira fase do remake de Pantanal (2022) foi um deleite para o público. Nomes como Renato Góes e Bruna Linzmeyer encantaram a audiência ao interpretarem as “versões jovens” de José Leôncio e Madeleine, depois vividos por Marcos Palmeira e Karine Teles.
Orlando Caldeira e Letícia Salles em Vai na Fé (divulgação/Globo)Além deles, outro destaque no início da trama de Benedito Ruy Barbosa foi Letícia Salles. A intérprete da jovem Filó foi bastante elogiada pelo público e pela crítica, que a apontaram como uma das principais revelações do folhetim. Com isso, não demorou para que ela fosse anunciada no elenco de uma nova produção.
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Mas, em Vai na Fé, Letícia Salles não obteve o mesmo retorno. Érika, sua personagem, não teve o devido destaque e ficou apagada a maior parte da trama das sete. Será que ela terá mais sorte num próximo trabalho?
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Sucesso em poucos capítulos
A versão da Globo de Pantanal, texto clássico da TV Manchete que ganhou uma atualização assinada por Bruno Luperi, passou pelo mesmo “problema” da versão original. A primeira fase da trama, que conta a origem dos personagens, foi muito bem-aceita pelo público, que se encantou pela história e pelos tipos do enredo.
Na versão da Manchete, o sucesso de Paulo Gorgulho como o jovem José Leôncio foi tanto que o autor Benedito Ruy Barbosa foi obrigado a criar um novo personagem para o ator, “nascendo” José Lucas de Nada. Isso se repetiu na versão da Globo, que explodiu com nomes como Renato Góes e Letícia Salles.
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Os atores foram tão bem-aceitos que havia até o temor de que o público rejeitaria a troca de intérpretes na segunda fase, quando Marcos Palmeira e Dira Paes assumiram os personagens. Mas a Globo não deixou o sucesso da dupla passar em branco, e eles logo emplacaram novos trabalhos. Renato, em Mar do Serão (2022), e Letícia, em Vai na Fé.
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Apagada
Letícia Salles foi um dos primeiros nomes anunciados do elenco de Vai na Fé. A jovem Filó voltaria ao vídeo, desta vez no papel de uma vilã cômica. Érika é uma jornalista de celebridades mau-caráter que faz de tudo para se dar bem.
“Érika é bem diferente de Filó, e estou feliz pra caramba. Eu não esperava que a repercussão da minha estreia seria tão grande. Realmente, tomei um susto com o ‘boom’, porque eu sou uma pessoa tranquila, na minha. Não estava acostumada com essa exposição. Fiquei um pouco assustada, mas, com o tempo, estou aprendendo a lidar com essas questões. Faço terapia, acho que é importante, ainda mais nessa profissão”, confidenciou a atriz ao jornal Extra, em fevereiro deste ano.
Bastou poucas cenas de Érika no ar para que o público reafirmasse o talento de Letícia Salles. A jovem criou um tipo completamente diferente de Filó, ao ponto de ser até difícil reconhecê-la.
Porém, Letícia não teve tanto espaço na trama para mostrar suas habilidades. Isso porque Érika acabou relegada a uma trama periférica, que foi perdendo espaço ao longo da novela. Ela até teve algumas sequências divertidas, mas, no geral, Érika ficou perdida no enredo.
Dá tempo ainda?
A reta final de Vai na Fé promete reverter essa situação. Nos últimos capítulos da novela de Rosane Svartman, Érika vai se unir ao vilão Theo (Emilio Dantas) para acabar com Sol (Sheron Menezzes). Ou seja, a megerinha deve crescer nos próximos dias.
Apesar de não ter conseguido repetir o sucesso de Pantanal, Letícia Salles segue buscando firmar seu nome na teledramaturgia nacional. Tanto que a atriz já está de olho num próximo trabalho na telinha. Em entrevista ao site Heloísa Tolipan, a estrela confessou que adoraria integrar o elenco de Renascer.
“Essa novela está na minha mira, estou querendo muito fazer. Adoraria viver a personagem que foi da Maria Luísa Mendonça, a Buba (foto acima). É complexo e muito interessante. Mas estou aberta a propostas. Amo trabalhar como uma boa capricorniana”, disparou.
Buba é uma personagem intersexo – chamada de “hermafrodita” na primeira versão – que se envolve com dois dos filhos do protagonista José Inocêncio, personagem que deve ser vivido por Marcos Palmeira no remake que vai substituir Terra e Paixão. Ela marcou a carreira de Maria Luísa Mendonça.