Gabriel Sater deu vida a um dos personagens mais queridos pelo público no remake de Pantanal. O ator, que também é cantor, contou em entrevista que agora irá dar prioridade à música e ainda não prevê um retorno às telinhas. Ou seja, por enquanto, a novela pode ter significado uma espécie de despedida do artista das novelas.

Pantanal

Para o desespero das fãs, o artista irá priorizar a sua carreira musical, negando até papéis em outros projetos que apareceram após o desfecho de sucesso do folhetim, que terminou recentemente no horário principal de novelas da Globo.

Trabalhado negado

Gabriel revelou em entrevista ao Jornal Extra que tem dispensado trabalhos como ator, já que a música é a sua prioridade.

“Me chamaram para interpretar Jesus na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Pernambuco. Olha que honra! E pra participar de uma série musical. Mas não pude me comprometer, os shows agora são prioridade”, afirmou.

Gabriel, que toca e canta, parece querer seguir os passos de seu pai na carreira artística. Almir Sater participou da versão original de Pantanal em 1990, novela que abandonou para protagonizar o folhetim seguinte na Manchete, que foi A História de Ana Raio e Zé Trovão.

Logo após o fim da trama, Sater se dedicou a carreira de cantor e só voltou a aparecer na telinha cinco anos depois, em O Rei do Gado (1996), que inclusive será reapresentada pela Globo no Vale a Pena Ver de Novo, em substituição A Favorita (2008).

Ingra Lyberato

A pausa foi ainda maior para o seu próximo trabalho na TV. Foram dez anos até retornar a atuar em uma novela, dessa vez na Record, em Bicho do Mato (2006).

De lá para cá, o eterno Trindade retornou apenas para o papel de Eugênio, o chalaneiro do remake do sucesso de Benedito Ruy Barbosa.

Trilhando os passos do pai

Gabriel Sater e Almir Sater

Gabriel parece trilhar os mesmos passos do pai na vida artística. Seu primeiro trabalho em novelas foi em 2014, quando participou de Meu Pedacinho de Chão, vivendo o personagem Viramundo. Foram sete anos até que retornasse na adaptação do clássico de 1990.

Participação essa que o ator acabou deixando antes de terminar as gravações gerais, já que o seu personagem teve o mesmo fim da versão original, quando o pai deixou a novela para estrelar outra. Ele também se retirou da trama, ainda em agosto.

“Fiquei com o coração apertado quando deixei Pantanal e os shows me deram colo. Na última vez em que vesti o figurino de Trindade, foi impactante. Imaginava que ficaria triste, mas foi além”, contou.

Sobre a despedida do personagem, o artista contou que teve a ajuda do pai para conseguir chorar a sua saída da novela e que os shows foram como um combustível para poder se reabastecer após o fim de sua participação em Pantanal.

“Sorte que meu pai estava no camarim, e eu tive um ombro amigo pra chorar minha cachoeira de emoções. Estou me reabastecendo com o amor que recebo das plateias, de crianças a idosos, mulheres e homens”, finaliza.

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Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor