Antes de viver Dora em Vai na Fé, Claudia Ohana tinha participado de uma novela pela última vez em Verão 90. Ela interpretou Janice na trama de Izabel de Oliveira e Paula Amaral, em 2019.
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Dona de personagens marcantes, como Paula em Rainha da Sucata (1990), Camila de Fera Ferida (1993) e Isabela em A Próxima Vítima (1995), a atriz emocionou o público da atual novela das sete da Globo com a terapeuta holística que sofreu com um câncer terminal.
E se o telespectador pensa que dar vida à mãe de Lumiar (Carolina Dieckmann), que fez o público chorar com sua despedida da trama, foi difícil, Claudia Ohana já viveu uma situação muito mais complicada em outra novela da emissora.
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Despedida real
Durante entrevista para o Encontro no último dia 20, Claudia Ohana revelou que sentiu a “energia de morte” de Dora em seus últimos dias de gravação em Vai na Fé.
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A atriz contou que quando começava a filmar sentia sono e ficava com a energia baixa, o que estava diretamente ligado à personagem, que sofria com falta de ar e pouca disposição.
“O estúdio ficou muito emocionado, todo mundo já passou por alguma história [de morte de um ente querido]. Muita gente vem pra mim e fala ‘meu tio, minha mãe teve câncer’. Antes da morte [de Dora], teve uma cena dela sozinha na cadeira de rodas. Ela tira a máscara, sente a árvore, o vento batendo no rosto dela. O diretor colocou uma música, e eu comecei a chorar um pouco, e o estúdio ficou chorando”, revelou a atriz.
Empatia preocupante
Claudia Ohana ainda revelou no programa comandado por Patrícia Poeta que sua família ficou preocupada quando soube que ela interpretaria Dora.
“Tô aprendendo muito com a Dora. Nunca enfrentei ninguém doente, nunca tive nenhum parente com câncer. Mas fui apresentada à morte muito cedo, minha mãe morreu eu tinha 15 anos, a morte pra mim foi muito chocante. Aí com a Dora, quando falaram que ela ficaria doente, todo mundo da minha família falou ‘hummm’ [em tom de preocupação]… Sou meio hipocondríaca, meio paranoica. E aí fui aos poucos, fui seguindo o texto”, explicou.
O temor é explicado, já que a atriz afirmou sofrer de nosofobia. Em entrevista à Revista Quem, em 1° de junho de 2023, Claudia Ohana falou sobre a condição onde o paciente sente preocupação e ansiedade pelo medo de contrair doenças, como AIDS ou câncer – caso de Dora em Vai na Fé.
“Na verdade, não sou hipocondríaca. É medo de ficar doente. Mas eu sempre fui assim, desde pequena. É muito ruim isso”, afirmou a atriz, que também revelou que já pensou que tinha um tumor cerebral.
Desespero dentro de um caixão
Outra personagem marcante vivida por Claudia Ohana na Globo foi a Natasha, em Vamp (1991). Como esquecer a vampira roqueira que arrancava suspiros ao lado do Conde Vlad (Ney Latorraca)?
Mas se o público delirou com Natasha, Claudia Ohana viveu momentos de terror com a personagem.
Durante uma live com a revista VAM Magazine, em 26 de agosto de 2021, a atriz revelou que ficava desesperada quando precisava gravar cenas dentro de um caixão no começo da novela.
“Sou claustrofóbica. O caixão era pesado para caramba, eu não conseguia abrir a tampa. No primeiro dia de filmagem cortaram a cena e me deixaram lá dentro. Comecei a gritar: ‘Me deixa sair’. Falei que não ia entrar mais”, contou na ocasião.
Claudia também revelou que, para conseguir gravar a cena completa, a produção precisou por a cabeça para funcionar e deixar a atriz tranquila:
“Fizeram uma portinha do lado para me deixar sair”, contou.