Desemprego, desespero e ajuda para viver: por onde anda o Beiçola de A Grande Família?

29/06/2020 às 15h17

Por: Thell de Castro
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Eternizado na história da televisão brasileira como o Beiçola, de A Grande Família, Marcos Oliveira nasceu em 22 de abril de 1952, em Santo André (SP).

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O ator estreou no teatro nos anos 1960. Na televisão, estreou em Vale Tudo (1988), vivendo o cabeleireiro de personagens como Celina, Maria de Fátima e Raquel.

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Depois disso, ele esteve em Kananga do Japão, Mico Preto, A Viagem, Salsa e Merengue, Anjo Mau, Corpo Dourado, Hilda Furacão, Labirinto e Andando nas Nuvens.

Entre 2001 e 2014, viveu o pasteleiro Beiçola, querido pelo público e pelo qual é reconhecido até os dias de hoje.

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Depois do final do humorístico, esteve em Vai que Cola, Liberdade, Liberdade, Tô de Graça, Valentins e Deus Salve o Rei, sua última novela até o momento.

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Desde o ano passado, estava no ar na série O Dono do Lar, do Multishow, mas o programa foi interrompido por causa da pandemia do novo coronavírus.

Nos últimos anos, em mais de uma oportunidade, Marcos foi até as redes sociais pedir emprego e ajuda. Os pedidos mais recentes foram realizados em 2019, quando ele fez um novo desabafo.

“Não tenho família, não tenho ninguém para me encostar. Sobrevivo da ajuda dos amigos. Tem uma hora que fica humilhante pedir ajuda. Artista só tem valor quando é jovem, artista velho vira bagulho, e eu não sou bagulho”, declarou à Quem em agosto do ano passado.

Segundo o ator, suas despesas mensais giram em torno de R$ 5 mil. “Tive um problema de saúde sério de uma fístula, precisei de home care, empregados para me ajudar”, enfatizou.

“Era para eu estar rico, mas minha situação de vida é carregar pedra. Não estou reclamando, ninguém tem obrigação de me sustentar. Só quero dar continuidade ao meu trabalho, porque eu vou trabalhar até os meus últimos anos de vida”, afirmou na entrevista.

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Recentemente, em maio, ao site Notícias da TV, Marcos disse que não aguentava mais a quarentena e o descaso do governo com os artistas. “Só saio pra ir ao mercado, fico em casa brincando de casinha, que é uma coisa insuportável. Tento fazer alguma coisa, mas a criatividade fica meio abalada, não consigo fazer nada, escrever nada. E só, é ficar vendo televisão, jornalismo. É uma [sensação de] insegurança geral, não sei quando vai acabar. Não sei se é bom morrer ou continuar nessa pandemia, entendeu?”, desabafou.

“Queria fazer cinema, outras coisas de audiovisual. Televisão tá meio barra-pesada, a Globo está entrando numa fase modernosa. A gente que tem cara de Brasil não entra mais. Está descaracterizada, uma coisa meio mercado internacional. A brasilidade dançou. E eu sou muito brasileiro, a minha relação de expressão é brasileira, não tem essa coisa clean”, concluiu.

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