Quem lê as análises do Big Brother Brasil 17 aqui no TV História sabe que este que vos fala sempre procurou dar chances ao programa, tentando apontar caminhos, elogiando, mas criticando também.

O que houve na noite desta terça-feira (21) foi uma prova de que algumas escolhas da direção do programa, como muitas vezes “passar a mão na cabeça” e quase que proteger Emilly, Marcos e Ilmar – que são os mais interessantes do jogo e que mantêm o reality vivo, mas que não podem ter privilégios – fizeram o “Big Boss” perder o controle.

E quando o “Big Boss” perde o controle, só uma coisa é pior: quando ele não sabe o que fazer para retomar o controle. O desabafo de Leifert mostrou o quanto a direção do programa parece absolutamente perdida neste objetivo.

“Perderam 500 estalecas, deram risada. Perderam o quarto do líder, deram risada. Pessoal foi pedir desculpas, esnobaram. Ainda disseram que iam encurralar o programa. Então, a partir de agora, a tolerância será zero para qualquer punição. Já temos dois meses de programa e eles estão cansados de saber as regras. A brincadeira acabou”, disse Leifert para o público.

Vamos lá: quem riu em todos estes casos foi Marcos. Por que Leifert e a direção não citaram nominalmente? Por que não apontaram o dedo? É essa dubiedade que tem irritado – com razão – quem é fã do programa nas redes sociais. O programa tenta passar um lado na Globo, que é o lado que quem acompanha o dia a dia no pay-per-view não vê.

No ar, parece que a proteção para manter os personagens que ainda geram burburinho é maior do que qualquer outra coisa. E se isso acontece de forma tão intensa, como aconteceu no programa inteiro desta terça, das duas alternativas uma está certa:

A primeira é que a direção assumiu seus erros na escalação do elenco e decidiu avacalhar. “Já que não tem mais jeito, então vamos fazer isso”, deve ser o pensamento.

A segunda é que realmente a direção não estava preparada para a edição. Subestimaram os perfis. Novamente, escolheram um time ruim, demoraram a entender isso e agora não sabem o que fazer.

Tiago Leifert segue sendo a coisa mais interessante do programa, para o bem e para o mal. O problema é que o embate dele com Rômulo, pouco antes de sua saída nesta terça, mostra que, apesar da tentativa de renovação, o gosto que vai ficar do BBB 17 não é nada bom. É uma edição para pegar jogar no lixo, esquecer lá para o resto da vida e tentar recomeçar em 2018.

A propósito, fica uma dica para a direção: quem assiste não é bobo. O pessoal sabe muito bem diferenciar um tratamento dado pelo programa. São 17 edições. Renovar não é chamar o público de banana.


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