Observando os capítulos de Tieta, que é estrelada por nomes como Betty Faria, Joana Fomm, Lídia Brondi e Reginaldo Faria, e atualmente está sendo reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, pode-se constatar algo que era comum antigamente, mas que acabou sendo corrigido pela Globo.
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Como pode uma novela que se passa no interior da Bahia praticamente não contar com atores pretos em seu elenco?
Diversidade?
Vale lembrar que entre 1989 e 1990, quando Tieta foi exibida, a diversidade não era tão levada em conta pelas emissoras como atualmente. Faz pouco tempo que a Globo vem olhando para esse tema com a devida atenção.
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Por isso não seria diferente com Tieta, cuja história foi baseada no romance Tieta do Agreste, de Jorge Amado.
A trama se passa em Santana do Agreste, no interior da Bahia, e conta, entre dezenas de personagens, com apenas dois atores pretos ou pardos – Roberto Bonfim (Amintas), e Chaguinha (Pirica).
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De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a Bahia é o estado brasileiro com maior percentual de pretos do país.
Lição aprendida
Apesar de ter produzido diversas novelas que se passavam na Bahia, como O Bem-Amado, Gabriela, Renascer e Porto dos Milagres, o problema só foi resolvido pela Globo mais recentemente.
Na verdade, uma revolta que teve eco nas redes sociais, contribuiu para a emissora aprender a lição.
Novela produzida em 2018, Segundo Sol tinha apenas oito atores negros no elenco, de um total de 41.
Na época da exibição da obra de João Emanuel Carneiro, o Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade e Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), chegou a notificar a Globo por conta do fato.
Atualmente, a Globo conta com três atrizes negras protagonizando suas novelas inéditas: Duda Santos, em Garota do Momento, Jéssica Ellen, em Volta por Cima, e Gabz, em Mania de Você.