Stênio Garcia Faro nasceu em 28 de abril de 1932, em Mimoso do Sul (ES). Formou-se no Conservatório Nacional de Teatro, no Rio de Janeiro (RJ) em 1958 e, em seguida, ganhou uma bolsa de estágio no Teatro Cacilda Becker (TCB).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Após alguns anos no teatro e uma aparição em um episódio da série O Vigilante Rodoviário, o ator estreou em novelas em As Minas de Prata (1966), da TV Excelsior. Nessa emissora, ainda fez outras tramas, como A Muralha (1968) e Os Estranhos (1969).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Após duas tramas na Tupi, Hospital (1971) e Na Idade do Lobo (1972), estreou na Globo em Cavalo de Aço (1973), emendando diversas tramas na sequência.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
Em 1979, estreou o seriado Carga Pesada, onde viveu Bino e editou a inesquecível parceria com Pedro, interpretado por Antonio Fagundes. A série, inclusive, ganhou nova versão entre 2003 e 2007.
Outros importantes papeis do ator vieram em Padre Cícero (1984), Selva de Pedra (1986), Que Rei Sou Eu? (1989), Meu Bem, Meu Mal (1990), O Dono do Mundo (1991) e O Rei do Gado (1996), quando viveu Zé do Araguaia, um dos tipos mais populares de sua carreira.
Após mais algumas novelas, outro grande sucesso veio em 2001, quando deu vida ao Tio Ali em O Clone.
O ator ainda foi destaque nas duas temporadas de Hoje é Dia de Maria (2005), Duas Caras (2007) e Caminho das Índias (2009). Em 2011, viveu Laudelino em A Vida da Gente, recentemente exibida em edição especial pela Globo.
A partir de 2012, Stênio diminuiu drasticamente sua participação em programas da Globo.
Depois de aparecer em Malhação: Pro Dia Nascer Feliz (2016), seu último trabalho na televisão, até o momento, veio com uma participação especial em Deus Salve o Rei (2018).
Saída da Globo
Em 30 de março de 2020, o ator foi incluído na onda de cortes da Rede Globo, que também vitimou nomes como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Vera Fischer, Renato Aragão e Miguel Falabella, perdendo seu contrato fixo após 47 anos de casa.
Stênio e sua esposa, Marilene Saade, chegaram a fazer apelos através da internet, mas não adiantou. Ele declarou que ficou sem chão após deixar a emissora e que precisa trabalhar para se sentir vivo.
De acordo com Marilene, em entrevista ao jornal O Dia, o motivo foram desavenças com o autor Silvio de Abreu, que comandava a teledramaturgia da emissora.
“O Silvio destruiu meu marido e será destruído por Deus. Ele é rico, não precisa trabalhar. A gente precisa. Mas confio na justiça divina, e ele vai pagar caro”, disparou.
“A saída dele da emissora todos já sabiam que era questão de tempo, mas para o meu marido essa saída foi tarde demais. Sorte de quem ficou. Saindo a vacina vamos ter que encontrar um caminho. Esse ser chamado Silvio foi tão cruel com o Stênio que só Deus mesmo. Entregamos pra Deus”, completou.
[anuncio_6]
O ator, que tem 89 anos, poderá trabalhar por contrato fixo e tem uma promessa de papel na próxima novela de Glória Perez, mas com a chegada da pandemia causada pelo novo coronavírus as coisas ficaram ainda mais complicadas.
Para completar, Stênio contou que perdeu R$ 159 mil com a construtora SPE CHL XCII Incorporações, do Rio de Janeiro. Ele comprou três salas em um empreendimento, mas até o momento não recebeu os imóveis e nem o dinheiro empregado.
“Não tenho mais o que investir. Tudo o que eu tinha foi aí. Era o único dinheiro que eu tinha”, revelou ao site Notícias da TV.
Apesar de não contar com grandes reservas financeiras, Stênio e sua esposa negaram, em agosto de 2020, que estivessem vivendo na “extrema pobreza”, como foi divulgado por alguns veículos.