Demissão de produtora na confusão entre Maísa e Dudu prova: lado mais fraco sempre sofre na TV
05/07/2017 às 14h00

Nesta quarta-feira (5), o colunista Flávio Ricco, do UOL, noticiou que uma produtora diretamente envolvida no caso do choro de Maísa no palco de Silvio Santos, na semana passada, foi dispensada da emissora.
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Segundo a notícia, Raquel Prado, 28 anos de casa, foi demitida porque simplesmente viu que a situação com Maísa naquele episódio estava das mais deploráveis. A demissão aconteceu num clima horrível, com dedo na cara até de Patrícia Abravanel.
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Primeiro, fica a torcida aqui para que Raquel Prado se recoloque o quanto antes, porque sua atitude de acudir uma garota de 15 anos, que estava sofrendo o que sofreu naquela gravação fatídica, foi das mais nobres.
Me impressiona como Patrícia Abravanel tenha entrado neste caso. O que ela teria acusado? Fica a questão, já que dedo na cara é uma coisa ríspida, grave e muito pesada de se fazer.
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O fato é que a demissão de Raquel prova, de uma vez por todas, que o lado mais fraco sempre sofre na televisão. Alguém sempre tem que ser o culpado, tem que pagar por um erro.
Histórias não faltam. Conheço gente que foi demitida por apertar apenas um botão errado, fazendo um canal pagar certo mico no ar. É um erro humano, coisa boba, que vira piada momentânea, mas logo passa. Mesmo assim, alguém tinha que pagar.
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No caso de Maísa, impressiona porque foi algo grave, que fez Silvio Santos até mesmo cancelar a gravação. Outro fato grave é a falta de gratidão com uma produtora que estava na emissora desde o final dos anos 1980, quando o SBT ainda usava TVS no nome.
Por mais que ela tenha, ou não, desobedecido uma ordem de Silvio, cabia ao próprio entender que exagerou na dose no encontro, e que a produtora simplesmente fez o que tinha que fazer naquela hora – acudir uma adolescente de 15 anos totalmente fragilizada.
Televisão é um meio cruel, muito cruel. Exageradamente cruel. Muitas vezes, dá nojo. O caso da demissão da produtora mostra como, de fato, são os bastidores da TV. O lado mais fraco sempre sofre.