Até algumas semanas atrás, a Globo estava bem tranquila com Vai na Fé, estrelada por nomes como Samuel de Assis e Carolina Dieckmann. No entanto, assim que estreou a atual novela das sete da emissora, Fuzuê, essa alegria acabou. A produção, assinada por Gustavo Reiz, bate sucessivos recordes negativos e vai ser encurtada, terminando antes da hora.
Por isso, a Globo já está à todo o vapor com a pré-produção de A Vovó Sumiu, sua substituta. A novela, que será escrita por Daniel Ortiz, já tem no elenco nomes como Arlete Salles, Juliana Paiva (foto acima), Nathalia Dill e Rafa Kalimann.
No entanto, a trama nem estreou ainda e já estaria gerando preocupações na emissora. A direção da Globo teria considerado a trama muito parecida com Fuzuê, cuja audiência não tem correspondido às expectativas. E o canal não quer errar de novo.
[anuncio_1]
Preocupação
Vai na Fé (2023) “salvou” a faixa das sete da Globo após os fracassos de Quanto Mais Vida, Melhor! (2021) e Cara e Coragem (2022). Mas Fuzuê não conseguiu manter a boa fase, o que acendeu o sinal amarelo na emissora. Por conta disso, as atenções já se voltaram à produção de sua sucessora, A Vovó Sumiu.
Mas, de acordo com o site F5, da Folha de S. Paulo, a direção da emissora não estaria lá muito confiante com a nova história de Daniel Ortiz. Uma ala do canal teria considerado o enredo pouco atrativo e que mantém o mesmo estilo de Fuzuê.
Além disso, o mote inicial da próxima produção também remete ao atual folhetim. A Vovó Sumiu começa quando Frida (Arlete Salles) desaparece e seus cinco netos se reúnem para encontrá-la. Muitos teriam considerado o plot parecido com o do desaparecimento de Maria Navalha (Olívia Araújo), que deu o pontapé inicial em Fuzuê.
[anuncio_2]
Mudanças à vista?
Daniel Ortiz é um autor prestigiado na Globo. Foi ele quem assinou o último grande sucesso da faixa das sete, Salve-se Quem Puder (2020), que obteve média geral de 27,1 pontos no Kantar Ibope Media.
Além disso, o autor também assinou Haja Coração (2016), uma das novelas das sete mais bem-sucedidas da década passada. Antes, ele já havia emplacado Alto Astral (2014), trama que elevou a audiência do horário após vários fiascos seguidos.
Mas, apesar da tarimba do profissional, a Globo tem suas razões para ficar ressabiada. Afinal, a direção de teledramaturgia da emissora andou tomando várias decisões equivocadas nos últimos anos, inclusive aprovando novelas com tramas parecidas indo ao ar ao mesmo tempo, algo que se evitava até pouco tempo atrás.
Sendo assim, não seria de se estranhar se a direção da emissora já encomendasse algumas modificações no texto de Ortiz…
[anuncio_3]
Cautela
A Globo não está disposta a errar mais em suas novelas. Por isso mesmo, Amauri Soares, atual diretor dos Estúdios Globo, teria solicitado aos autores histórias populares, capazes de fisgar o maior público possível.
Teria sido por conta desta ordem que Lícia Manzo perdeu vez na fila das seis da Globo. A novela O País de Alice, que substituiria Elas por Elas, já tinha capítulos escritos e pré-produção avançada quando a emissora decidiu voltar atrás e cancelar tudo. Soares teria considerado a trama elitista e queria algo mais popular, na linha de Mar do Sertão. Por isso, encomendou a Mário Teixeira uma novela nos mesmos moldes.
Ou seja, nada impede que mudanças neste sentido também aconteçam na faixa das sete. A Globo quer se cercar de todas as garantias para não embarcar em novas barcas furadas.
