De volta: após dar sono no público, novela ganha nova chance da Globo

Mariana Ximenes em Joia Rara

Mariana Ximenes em Joia Rara

Novela premiada com um Emmy Internacional, Joia Rara (2013) ganha uma nova chance na Globo nesta segunda (16). A trama de Duca Rachid e Thelma Guedes é a contemplada do mês de outubro do Projeto Originalidade do Globoplay, que consiste no resgate da trama em sua condição original, com melhor qualidade de imagem, abertura e vinhetas de intervalo.

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Mariana Ximenes em Joia Rara

No entanto, apesar de agraciada com um prêmio internacional, a novela não empolgou o público em sua exibição. A trama desandou ao começar a andar em círculos, dando sono nos espectadores.

Folhetim tradicional

Bruno Gagliasso, Mel Maia e Bianca Bin em Joia Rara (Divulgação / Globo)

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Depois do grande sucesso alcançado por Cordel Encantado (2011), a expectativa era alta quanto ao retorno de Duca Rachid e Thelma Guedes à faixa das seis da Globo. As autoras voltaram ao horário com um romance de época tradicional, que trazia o budismo como pano de fundo.

Joia Rara contava a história de Franz (Bruno Gagliasso) e Amélia (Bianca Bin), dois jovens de classes sociais distintas que se apaixonam e se tornam pais de Pérola (Mel Maia). No entanto, o pai de Franz, Ernest Hauser (José de Abreu), é contra a relação e arma para que a nora seja presa.

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Depois disso, Franz se casa com Silvia (Nathalia Dill), que busca se vingar da família Hauserz. Ela se alia a Manfred (Carmo Dalla Vecchia), um filho bastardo de Ernest que busca seu lugar no clã.

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Bem embalada

Nelson Xavier em cena de Joia Rara (divulgação/Globo)

Joia Rara chamou a atenção pelo seu capricho visual. A trama se passava entre os anos 1930 e 1940, contando com uma reprodução impecável da época. A direção de Amora Mautner e Ricardo Waddington foi competente ao dar à história uma embalagem atraente.

Além disso, o pano de fundo de Joia Rara também chamou a atenção. A trama abordava o budismo por meio de Pérola, considerada a reencarnação de Ananda. A criança tem o objetivo de levar amor ao mundo.

Pérola alcança seu objetivo ao promover uma profunda mudança no avô Ernest. Inicialmente um vilão implacável, o personagem de José de Abreu se redime ao longo da obra por amor à neta.

Deu sono

José de Abreu e Carmo Dalla Vecchia em Joia Rara (Reprodução / Globo)

Mas, apesar da empolgação inicial, Joia Rara logo cansou o público. Assim como aconteceu com Cordel Encantado e outras novelas da dupla Duca e Thelma, a trama inicial se esgotou rapidamente e a novela seguiu com uma repetição de situações. Além disso, outros núcleos perderam força, como o do Cabaré Pacheco Leão, palco da rivalidade entre Aurora (Mariana Ximenes) e Lola (Letícia Spiller).

Uma das maiores falhas das autoras foi redimir rapidamente os vilões Ernest e Silvia. Com isso, as maldades do enredo ficaram concentradas em Manfred, que se tornou um tradicional vilão obcecado por derrotar os mocinhos. Com isso, a trama se sustentou basicamente na queda de braço entre Manfred e Franz, o que incluía o batido recurso dos constantes sequestros.

Joia Rara, então, passou a andar em círculos, dando sono ao público. Além disso, a trama não registrou bons índices de audiência, fechando com 18 pontos de média geral. Com isso, foi a novela das seis menos vista até então, empatada com Lado a Lado (2012).

Mesmo assim, o folhetim será resgatado pelo Globoplay por meio do projeto Originalidade. A partir do dia 16 de outubro, Joia Rara será disponibilizada em sua versão original, ou seja, com melhor qualidade de imagem e a inserção da abertura e das vinhetas.

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