No ar desde 1973, o Fantástico já passou por algumas modificações ao longo de toda esta trajetória. A atração começou como um show de variedades, depois se tornou uma espécie de telejornal mais caprichado e, por fim, adotou o atual formato de revista eletrônica. Reportagens elaboradas, assuntos científicos, musicais e entretenimento fazem parte da vitoriosa receita.
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Apesar de viver uma fase tranquila na audiência, o Fantástico não deve escapar de uma nova reformulação em 2023. De acordo com Flavio Ricco, colunista do R7, o programa atualmente comandado por Maju Coutinho (foto acima) e Poliana Abritta pode passar por mudanças editoriais, na apresentação e na paginação logo depois do Carnaval.
Mas, caso a ideia vá realmente adiante, a direção do programa deve ser muito cuidadosa para não mexer em time que está ganhando e se dar mal. Basta lembrar da alardeada transformação realizada em 2014, que se revelou um grande desastre.
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Mudança pra pior
O Fantástico teve uma trajetória irregular ao entrar no século 21. A atração reinou absoluta nas noites de domingo por anos, mas, entre as décadas de 2000 e 2010, o programa viu sua hegemonia ameaçada. Isso porque atrações como Domingo Legal (que teve uma fase exibida à noite), Pânico na TV e Programa Silvio Santos pulverizaram o público, fazendo a revista da Globo perder força.
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Com isso, o Fantástico entrou na década de 2010 buscando uma reinvenção. A mudança foi colocada em prática com o anúncio da estreia do “novo Fantástico”, em 2014. Na época apresentado por Tadeu Schmidt (foto acima) e Renata Vasconcellos, o programa ganhou um novo e belo cenário – que é utilizado até hoje – e uma nova forma de apresentação.
A ideia era fazer do Fantástico um programa “tecnológico”. Para isso, foram criados os “fantcons”, que nada mais era do que emojis (na época, “emoticons”) que saltavam na tela para repercutir a reação da audiência. E mais: o programa ganhou até um robô!
Precursor de Haroldo
Gloria Perez deve achar que o robô Haroldo, de Travessia, representa o auge da modernidade, mas não é bem assim. O Fantástico já teve seu próprio robô, o Tilt (foto acima), que foi apresentado como a grande novidade da reformulada atração.
Mas o Tilt nada mais era que um robô com uma tela, que permitia a alguém participar de uma reunião de maneira remota. O repórter Felipe Santana, de Nova York, aparecia por meio do robô no cenário do Fantástico.
O Fantástico também ganhou entrevistas realizadas com a presença de uma plateia e cores de reality show, mostrando seus bastidores. A atração passou a televisionar suas reuniões de pauta, que contavam com um convidado a cada semana. O ator Thiago Fragoso participou da estreia. Pois é…
Naufrágio
No ar, nada funcionou. A mudança no Fantástico se revelou apenas cosmética e as novidades mais incomodavam do que envolviam o público. Foi um desastre tão grande que o novo formato foi abolido poucas semanas depois de ser lançado.
O único legado foi o palco na redação, que funcionou bem e serve de cenário à atração até hoje. No mais, nada deu certo, e o “novo Fantástico” desapareceu sem deixar saudades.