De novo? Trama vista em Pantanal voltará no remake de Renascer

Elemento recorrente em novelas de Benedito Ruy Barbosa, o “cramulhão” também aparece no remake de Renascer, previsto para janeiro de 2024.

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Irma (Camila Morgado) e Trindade (Gabriel Sater) em Pantanal (Divulgação / Globo)

Presente em várias novelas do autor, como Paraíso (1982/2009) e Pantanal (1990/2022) – por meio do personagem Trindade (Almir Sater/Gabriel Sater) – , a figura do diabo também está na novela que vai substituir Terra e Paixão no horário nobre da Globo, que está sendo escrita por Bruno Luperi.

Na trama, José Inocêncio (Marcos Palmeira) acredita que mantém o capeta guardado dentro de uma garrafa, motivo para que sua plantação de cacau sempre prospere e lhe traga dinheiro e riquezas.

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Diabo no ovo

Marcos Palmeira como José Inocêncio em Renascer (divulgação/Globo)

Mas o diabo da garrafa, que estará sempre guardado ao lado de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida na casa do fazendeiro, também estará em outro lugar dentro da obra.

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É que Tião Galinha (Irandhir Santos), percebendo que também precisa de um diabinho para melhorar a sua vida, tentará chocar um ovo de galinha debaixo de seu braço na intenção de “criar” seu próprio tinhoso.

O catador de caranguejos, acreditando que todo o poder e bonança financeira de Zé veio justamente através do “coisa-ruim”, e desejando ter a mesma vida que o vizinho, passará a novela toda buscando por um capeta.

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Qual a origem do diabo na garrafa de Renascer?

O autor Benedito Ruy Barbosa (reprodução/web)

Mas a ideia de contar com mais um capiroto em suas novelas não foi uma espécie de pacto ou qualquer situação mística do autor Benedito Ruy Barbosa. Em Renascer, o veterano investiu na história após tê-la ouvido de algumas pessoas.

“Eu tinha ouvido um causo sobre um tal de Seu Firmo, o fundador das fazendas da região, que havia dividido suas terras entre os sete filhos. Seu Firmo tinha a proteção do capeta e guardava o diabo na garrafa. Contaram que um dia, Seu Firmo havia aparecido com essa garrafa, botado dentro de casa e, a partir de então, virado protegido: nenhuma bala entrava nele”, disse no livro Autores, Histórias da Teledramaturgia, do Projeto Memória Globo.

“Nas noites de florada, Seu Firmo abria a garrafa, o diabinho pulava para fora e virava um bode enorme, com os olhões brilhando feito brasa. Seu Firmo montava nele e o bode saía voando, mijando no cacau. Na manhã seguinte, o que nascia de flor era uma maravilha! Por isso que não tinha cacau que desse mais do que o do Seu Firmo, por causa do mijo do diabo, que adubava”, explicou.

 

O cramulhão nas novelas

Gabriel Sater como Trindade em Pantanal (Victor Pollak / Globo)

Em Paraíso, tanto em sua versão original como no remake de 2009, o chifrudo também aparecia preso em uma garrafa que pertencia a Eleutério (Claudio Corrêa e Castro / Reginaldo Faria).

Acreditava-se na cidade que o item proferia poder ao coronel. Só que quando a esposa dele morreu no parto do filho do casal, os cidadãos começaram a espalhar que o menino nascido era filho do diabo.

Já em Pantanal, Trindade (Almir Sater / Gabriel Sater) faz um pacto com o cão para tocar perfeitamente a viola. Além disso, ele recebia recados e avisos do demônio e até o incorporava em certas cenas. Quando teve um filho, muitos no povoado também acreditaram se tratar de um herdeiro do belzebu.

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