Como comemorar os 35 anos de um programa tão importante para a televisão brasileira e para as crianças necessitadas em plena pandemia? O “Criança Esperança” comemorou da forma que foi possível e se saiu muito bem. Nesta segunda-feira (28/09), foi ao ar a edição histórica da atração beneficente, mas sem aglomerações, inúmeras participações presenciais e doações do público. Tinha tudo para causar estranheza ou ser um fiasco. Felizmente funcionou.

Tudo foi diferente na edição de 2020. Começando pelo cancelamento das doações do público. Em virtude da crise econômica sem precedentes que o país atravessa, a Globo preferiu não pedir dinheiro para seus telespectadores e, sim, vídeos sobre esperança. Desta vez, o foco foi a doação feita por empresas ao invés do tradicional 0500. As pessoas físicas mandaram gravações curtas com mensagens motivacionais. O resultado ficou bonito de se ver.

Comandado ao vivo, dos Estúdios Globo, por Fátima Bernardes, Luis Roberto, Tiago Leifert, Jéssica Ellen, Luciano Huck e Maju Coutinho, o programa contou com apresentações produzidas remotamente, como as de Ludmilla, Luan Santana, Zé Neto e Cristiano, Ivete Sangalo, Iza e Alcione.

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Pedro Bial e Serginho Groisman fizeram participações especiais e Bial conversou virtualmente com pessoas envolvidas com a campanha para contar a história de superação de alguns beneficiados.

Já Larissa Manoela, um dos grandes nomes do SBT e que trabalhou na emissora de Silvio Santos por quase oito anos, estreou como nova contratada da Globo no “Criança Esperança”. A atriz — que será a mocinha de “Além da Ilusão”, novela das seis com estreia prevista para 2021 — homenageou os profissionais que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus e os trabalhadores essenciais, que continuam na ativa durante a pandemia.

Iza e Alcione fizeram uma homenagem à força da mulher brasileira e Ana Maria Braga fez uma participação. Foi bonito, assim como a apresentação ecumênica de Sandy e Péricles com representantes de diferentes religiões. E o tradicional “Mesão da Esperança” com a presença de vários artistas, incluindo atores e atrizes da emissora foi mantido, mas cada um de sua casa e sem ligações em virtude da pausa em 2020 das doações tradicionais.

O “Criança Esperança” conseguiu driblar bem os impedimentos causados pela pandemia do novo coronavírus e ainda demonstrou respeito ao público ao não pedir doações em meio ao grave caos econômico que o Brasil atravessa. Foi um evento mais modesto, mas não menos importante.

SOBRE O AUTOR

SÉRGIO SANTOS é apaixonado por televisão e está sempre de olho nos detalhes, como pode ser visto em seu blog. Contatos podem ser feitos pelo Twitter ou pelo Facebook.

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Sérgio Santos é apaixonado por TV e está sempre de olho nos detalhes. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor