Dan Stulbach fala de A Força do Querer e elogia Gloria Perez: “Não economiza trama”

Um cara diferenciado em tudo, até mesmo na hora de atuar. É assim que Dan Stulbach, ator e apresentador, é conhecido pela grande maioria do público.

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Depois de dois anos na Band, onde fez o CQC e o Era Uma Vez na História, e na ESPN Brasil, onde fazia o Bola da Vez, ele voltou para a Globo, onde se destaca como o executivo Eugênio, em uma das melhores tramas paralelas da história das 21 horas da Globo.

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E ter este destaque agrada Dan, que concedeu entrevista exclusiva por e-mail ao TV História. Ele fala da trama, da passagem fora da emissora, e também elogia a novela, que nesta semana bateu seu recorde de Ibope, chegando a 38 pontos de audiência na Grande São Paulo.

Confira a entrevista na íntegra:

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TV História – Dan, o seu personagem em A Força do Querer, o Eugênio, é um homem íntegro e justo, mas a vida dele está passando por uma reviravolta com a chegada da Irene. Como avalia a postura do personagem frente àquela mulher?

Dan Stulbach – É importante perceber que ele não vê o que o público vê. Ele está envolvido pela atenção que ela lhe dá, pelo apoio aos seus projetos e pela sensação de poder ser quem ele realmente é com ela. Em casa isso não acontece, daí o desequilíbrio e a fragilidade. Ele quer ser correto com sua família, com sua esposa e vai se enchendo de culpa. E ainda tem consigo a cobrança de não ter realizado diversos desejos ao longo da vida e não quer deixar de viver plenamente o que sente. É um conflito enorme, muito bem desenhado pela autora.

Ao mesmo tempo em que Eugênio passa por esta turbulência com a Irene, ele tem uma ótima relação com a Ivana, personagem da Carol Duarte, que se identifica com um gênero oposto ao dela. Como é poder lidar com um tema tão espinhoso e rico?

Maravilhoso. Engrandece a profissão trazer uma discussão tão importante para a sociedade. E aprendo com isso.

Em meio a tudo isso, o Eugênio ainda enfrenta o problema de ver o filho trair a noiva com outra mulher. Acha que Eugênio corre o risco de seguir o mesmo caminho?

Corre sim. Aí viria a contradição de tudo que ele cobrou do seu filho e ele cometendo o mesmo erro. Tal pai, tal filho. Faça o que eu digo, não faça o que eu faço…

Como vê o sucesso de audiência da novela? O que você atribuí isso?

Realmente é um sucesso, os números dizem isso e onde quer que eu vá a reação é intensa e carinhosa. Atribuo ao acerto de texto e direção, muito sincronizados. o ritmo forte, acontece muita coisa sempre, não economiza trama. Tem diversos temas e climas diferentes, tem drama, romance, humor, suspense. E um elenco muito bem escalado.

Fale um pouco sobre sua experiência de apresentar a última temporada do CQC em 2015. Como foi se adaptar àquele universo? Acredita que o espírito crítico do programa faz falta?

Acredito que o CQC hoje seria ótimo. Falar de tudo isso, trazer humor e crítica para a nossa realidade. Seria perfeito ainda ter programa no ar. Mas teria que poder falar de tudo pra ter sentido. Para mim, foi um aprendizado e tanto, falar direto com a câmera, sem personagem, emitindo a minha opinião, sem ler nada. Um salto sem rede de segurança. Aprendi muito. E ainda me diverti, nos dávamos bem demais. Bom fazer TV com um ideal na cabeça.

Recentemente, você apresentou junto com a Lília Schwarcz o Era Uma Vez Uma História, falando sobre o período imperial do Brasil. Qual é o papel que você acredita que essa série pretende? Considera a possibilidade de fazer uma nova temporada ou algo parecido nesse sentido?

Pretende contar e mostrar a história do Brasil de uma maneira menos caricatural. Pretende mostrar que a historia não é chata. Se você acha isso é porque o seu professor era chato, não a historia. E que podemos contar tudo do modo mais fiel possível, de uma maneira divertida, alegre e criativa. Com a supervisão da Lilia, claro, que não deixou nada ir ao ar que não fosse comprovado. De novo, aprendi demais e adorei fazer. Tomara que as escolas usem, que seja útil.

Você também se aventurou por outras áreas, como o rádio, no Fim de Expediente, e o esporte, no Bola da Vez, da ESPN. Quais outros caminhos tem vontade de explorar?

Faço rádio há 11 anos, uma ideia meio despretensiosa que ficou séria e me dá muito prazer. Gosto do encontro. E o Bola da Vez foi um convite bacana da ESPN, que me permitiu encontrar e conversar com a galera do esporte de outro jeito. Quero fazer programas que eu teria vontade de ver. Não tenho nada pensado para o futuro próximo, vamos ver o que rola. Dedicar-me à novela e curtir plenamente este momento. Estar presente é tudo.


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