Custou caro: Globo se deu mal após demitir artista com câncer terminal

Hugo Carvana e Yoná Magalhães em Paraíso Tropical

Hugo Carvana e Yoná Magalhães em Paraíso Tropical (Reprodução / Globo)

O retorno de Paraíso Tropical (2007) à tela da Globo trouxe a chance de o público rever Hugo Carvana (1937-2014), nome forte da dramaturgia que se destacou em diversas novelas da emissora carioca.

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Hugo Carvana e Yoná Magalhães em Paraíso Tropical (Reprodução / Globo)

O veterano, que ficou marcado como Lineu em Celebridade (2003), foi contratado do canal por 30 anos, entre 1984 e 2014, mas não teve seu contrato renovado e acabou perdendo seu plano de saúde enquanto tratava um câncer de pulmão.

O artista tinha vínculo de Pessoa Jurídica com a Globo, o que fez com que seus herdeiros entrassem na Justiça contra a rede logo após a morte de Hugo, que aconteceu meses depois de sua dispensa da empresa.

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O que aconteceu com Hugo Carvana, o Belisário de Paraíso Tropical?

Hugo Carvana em Paraíso Tropical

Hugo Carvana, ator e diretor de cinema, faleceu aos 77 anos, em 4 de outubro de 2014, devido a complicações causadas pelo câncer no pulmão.

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Seus filhos alegaram que o canal o deixou “no mais completo desamparo, sem o reconhecimento de qualquer direito decorrente da rescisão [do contrato]”.

Na Justiça, a 65ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro reconheceu o vínculo empregatício de Hugo Carvana com a empresa e determinou que a Globo pagasse os direitos trabalhistas aos seus herdeiros.

Vitória na Justiça contra a Globo

Hugo Carvana (Lineu) e Nívea Maria (Corina) em Celebridade (Divulgação / Globo)

O fato de a Globo ter cancelado o plano de saúde do ex-contratado também gerou um condenação por danos morais. Os requerentes alegaram que a perda do vínculo aconteceu quando o profissional mais precisava de serviços médicos.

O canal chegou a recorrer da sentença, mas o TRT não aceitou a réplica da emissora e aplicou a multa no valor de R$ 100 mil.

Hugo Carvana se destacou na Globo através de trabalhos em Gabriela (1975), Celebridade, Roda de Fogo (1986), O Dono do Mundo (1991), Corpo Dourado (1998), entre diversas outras tramas. Seu último trabalho foi na minissérie O Brado Retumbante (2012).

No cinema, dirigiu Vai Trabalhar, Vagabundo (1973), Bar Esperança (1982), entre outros títlos. O último data de 2013: Casa da Mãe Joana 2.

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