Cópia? Público percebe semelhanças entre Vai na Fé e sua substituta

Sheron Menezzes (Sol) em Vai na Fé; Giovana Cordeiro (Luna) em Fuzuê (João Miguel Júnior - Manoela Mello / Globo)

Sheron Menezzes (Sol) em Vai na Fé; Giovana Cordeiro (Luna) em Fuzuê (João Miguel Júnior - Manoela Mello / Globo)

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Na reta final, Vai na Fé conquistou o público por conta de suas inúmeras qualidades. Um dos acertos da trama de Rosane Svartman foi a protagonista Sol (Sheron Menezzes), uma mulher otimista e batalhadora que sempre contou com o apoio de Bruna (Carla Cristina Cardoso), sua divertida melhor amiga.

Sheron Menezzes (Sol) em Vai na Fé; Giovana Cordeiro (Luna) em Fuzuê (João Miguel Júnior – Manoela Mello / Globo)

Mas, com Fuzuê prestes a estrear, o público percebeu que estas características também se aplicam a Luna, personagem de Giovana Cordeiro que lidera a história escrita por Gustavo Reiz. Quem será que copiou quem?

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Semelhanças

Adriano Melo, Giovana Cordeiro e Fabricio Mamberti nos bastidores de Fuzuê (Divulgação / Globo)

Luna, a mocinha de Fuzuê, é apresentada como uma jovem alegre e otimista que se dedica ao trabalho de construir joias com materiais reaproveitáveis, chamadas de “biojoias”. Além de vender os trabalhos que cria, a moça também dá aulas de arte e dança para crianças.

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Não lembra alguém? Sim, Luna parece uma versão mais jovem de Sol, que se dedicava a vender marmitas numa rua movimentada do Rio de Janeiro. Além disso, a heroína de Vai na Fé também tem relação com as artes, já que se tornou dançarina e backing vocal de funk. Sol também se dedica às aulas de dança na atual trama das sete.

Como se não bastasse tais semelhanças, Luna também pode sempre contar com uma melhor amiga divertida, a Soraya, personagem de Heslaine Vieira. A dinâmica da nova dupla lembra bastante a relação entre Sol e Bruna em Vai na Fé.

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Cópia?

Gustavo Reiz (Reprodução / Instagram)

À primeira vista, o espectador que enxergou tal semelhança pode concluir que Gustavo Reiz se “inspirou” na trama que antecede Fuzuê na programação da Globo. Mas vale lembrar que a história de Reiz foi aprovada antes, ainda na gestão de Silvio de Abreu como diretor de teledramaturgia da emissora.

Vindo da Record, Gustavo Reiz foi a última grande aposta de Silvio de Abreu em sua busca por renovar o quadro de autores da Globo. O veterano aprovou a sinopse de Fuzuê para a faixa das sete ainda no início de 2020, de acordo com uma matéria do Notícias da TV publicada em 21 de fevereiro daquele ano.

Segundo o NTV, Fuzuê estrearia no segundo semestre de 2021. A trama estava programada para substituir Cara e Coragem, de Claudia Souto, que, por sua vez, entraria após A Morte Pode Esperar, de Mauro Wilson, depois rebatizada como Quanto Mais Vida, Melhor!. A novela sobre a morte substituiria Salve-se Quem Puder, que estava no ar na época.

Mas, com a pandemia da Covid-19 e a saída de Silvio de Abreu da Globo, os planos foram alterados. Além de todas estas tramas terem sido adiadas, Rosane Svartman acabou “furando a fila” e emplacando Vai na Fé antes de Fuzuê.

Problema que se repete

Cauã Reymond como Caio em Terra e Paixão (Reprodução / Globo)

A direção da Globo tem se mostrado pouco cuidadosa com a escalação das novelas que serão produzidas em suas diferentes faixas. A repetição de tramas tem se tornado uma constante, algo que costumava ser evitado anos atrás.

Exemplo disso é a confirmação do remake de Renascer na sequência de Terra e Paixão. Trata-se de duas histórias rurais que trazem um plot semelhante: um pai que rejeita um filho por culpá-lo pela morte da mãe, seu grande amor. Para resolver este problema, Walcyr Carrasco sumiu com a causa da rejeição de Antônio (Tony Ramos) por Caio (Cauã Reymond), apostando em novos conflitos.

Sendo assim, é provável que, com Vai na Fé e Fuzuê, aconteça algo parecido. Embora Luna seja muito parecida com Sol – aliás, até os nomes das protagonistas têm algo em comum, pois remetem a corpos celestes – , é possível que a nova mocinha tome rumos diferentes. Vamos ver.

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