Depois de sete meses, Vai na Fé chega ao fim após uma sequência interminável e cansativa de Jenifer (Bella Campos) em busca de seu pai biológico. E a substituta, Fuzuê, parece seguir pelo mesmo caminho.
O enredo sobre a paternidade da filha de Sol (Sheron Menezzes) foi o “combustível” usado pela autora Rosane Svartman para sustentar a novela das sete durante os meses em que passou no ar.
Em algumas ocasiões, teve mais destaque do que deveria.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECansou o público
A busca de Jenifer teve início logo após a morte de Carlão (Che Moais) no primeiro mês da trama. A partir daí, ela passou a revirar a vida da mãe em busca da verdade.
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A jovem tanto fez que chegou até Ben (Samuel de Assis) e Theo (Emilio Dantas). E aí se iniciou um novo drama para saber quem era seu pai, com direito a troca de DNA, o que prolongou ainda mais a história.
No fim das contas, ficou arrastado e cansativo.
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CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADERepetição
Sete meses depois, Vai na Fé chega ao fim. Mas a saga de busca familiar continuará presente no horário das sete em Fuzuê e, ao que tudo indica, durará mais alguns meses.
No folhetim de Gustavo Reiz, a mocinha Luna (Giovana Cordeiro) dedica sua vida na busca por sua mãe, Maria Navalha (Olivia Araújo), que sumiu misteriosamente há um ano dentro da Fuzuê, loja dos Braga e Silva.
E a busca de Luna se inicia logo no primeiro capítulo, quando ela se une a Miguel (Nicolas Prattes), herdeiro da loja de departamentos. No local, a mocinha encontra imagens da mãe nas filmagens das câmeras de segurança e dá início a saga.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECrise nas novelas?
Esse recurso, no entanto, ficou batido. Todas as novelas da Globo no ar atualmente têm um protagonista em busca de algum familiar perdido.
Além de Jenifer à procura do pai, também temos Marcelino, que deseja conhecer seus pais biológicos Marê (Camila Queiroz) e Orlando (Diogo Almeida) em Amor Perfeito, e Caio (Cauã Reymond), em busca da mãe dada como morta, Agatha (Eliane Giardini), em Terra e Paixão.
Os autores parecem estar enfrentando uma crise criativa e a Globo indica certo desleixo ao aprovar tantas novelas se utilizando do mesmo recurso.