Antes de enveredar pelo bolsonarismo e virar propagadora de fake news, Regina Duarte demonstrava ter uma mente, digamos, mais aberta.
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A ex-atriz da Globo chegou a declarar, em diversas entrevistas, que se considerava “potencialmente bissexual”.
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Regina, que hoje adotou o conservadorismo, falou sobre o tema por ocasião da estreia de Sete Vidas (2015, foto abaixo), na qual viveu a lésbica Esther.
Outros tempos
Envolvida com os trabalhos da trama de Lícia Manzo, na qual interpretava uma viúva que tivera dois filhos com a companheira, Regina Duarte saiu em defesa dos homossexuais, mas se atrapalhou ao usar o termo “opção sexual”; o correto é orientação.
“Não gosto desse rótulo de lésbica. Acho que é uma maneira preconceituosa de ver as coisas. Parece que a opção sexual (sic) significa uma condenação. Não é porque você teve uma relação homossexual que vai ser sempre assim. Mas as pessoas adoram colocar rótulos”, declarou em entrevista ao jornal O Globo.
“Uma vez que ‘sai do armário’, você tem que sair para sempre. A gente está condenada a ser homossexual, heterossexual, tachada, e você leva como se fosse um carimbo para o resto da vida, e eu acho isso uma loucura: condenar uma opção da pessoa, daquela fase da vida dela”, reforçou ela em matéria do programa Mulheres, da Gazeta.
“Sou potencialmente bissexual”
A ex-Secretária Especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro também relatou, então ao jornal Extra, acreditar que todo ser humano é bissexual.
“A homossexualidade faz parte da composição do indivíduo. O ser humano é bissexual! Ele pode ser mais hétero ou mais homo, mas, no fundo, ele é bi, basicamente. É da natureza”, afirmou.
Questionada sobre a própria fala, a atriz assumiu ser “potencialmente bissexual”.
“Totalmente! Sou potencialmente bissexual. No meu caso, a tendência hétero é muito mais forte. Mas não nego a possibilidade de ter um deslumbramento homossexual. Sei lá! Posso ser tocada pela varinha (risos). Agora está cada vez mais difícil! Na minha idade, as doses de libido ficam menos fortes”, revelou.
Equívoco
A defesa de Regina Duarte, porém, esbarrou em um certo conservadorismo. Ela minimizou a importância de se assumir e de tornar públicos os relacionamentos homossexuais.
“Tem intimidades que precisam permanecer entre quatro paredes. Ninguém é obrigado a falar disso, ninguém precisa anunciar. Para quê? Para acabar com o preconceito. Isso é uma loucura. Não acabará com o preconceito gritando aos quatro ventos sobre a sua opção sexual”, analisou Regina, em entrevista ao Mulheres.
Controvérsias
Hoje em dia, Regina Duarte é associada ao bolsonarismo por conta da defesa ferrenha do ex-presidente – que disparou falas homofóbicas, em diversas ocasiões.
Ela passou poucas semanas como secretária de Cultura do antigo governo, perdendo o posto sem maiores explicações, o que não invalidou a devoção por Jair Bolsonaro.
Recentemente, em meio à defesa de Regina para os responsáveis pelo ataque terrorista de Brasília, no último dia 8, a filha Gabriela Duarte deixou de segui-la nas redes sociais.