Atual novela das seis da Globo, Nos Tempos do Imperador começou em agosto, retratando o Brasil liderado por Dom Pedro II (Selton Mello), que se apaixona pela professora de suas filhas, Luísa (Mariana Ximenes).

Ao mesmo tempo, mostra sua visão de igualdade para todos os brasileiros através da educação e das artes.

Embora se trate de uma história baseada em fatos verídicos, nem tudo é real no folhetim. É o caso dos vilões da trama, os personagens Zayla (Heslaine Vieira) e Tonico (Alexandre Nero), que não existiram na vida real.

Tonico existiu?

Na novela, Tonico formou-se em Direito em Pernambuco ao lado de Nélio (João Pedro Zappa). Ao retornar para a fazenda do pai, o Coronel Ambrósio (Roberto Bomfim), candidata-se a deputado pela Bahia.

É irmão de Jorge/ Samuel (Michel Gomes), mas não sabe desse parentesco, afinal, o jovem é fruto do relacionamento do pai com uma escrava. Fica noivo de Pilar (Gabriela Medvedovski) e, com a fuga dela, exige um compromisso com Dolores (Daphne Bozaski) para se vingar.

O personagem foi inspirado no senador João Maurício Wanderley (1815-1889), o Barão de Cotegipe.

“Trata-se de um personagem ficcional, mas que talvez seja o mais real da trama, porque as pessoas vão se identificar. Ele está em cada um de nós e eventualmente em mim também, porque a gente não pode só apontar para o outro, olhar para fora”, declarou Nero ao site Notícias da TV.

Embora não sejam reais, ambos ajudam na narrativa dos fatos, além de gerarem identificação com o público. No caso de Tonico, os roteiristas não quiseram associar o antagonista a uma figura histórica, até para terem mais liberdade nas criações.

“A gente tentou puxar um pouco da Bahia de Jorge Amado, jogar um pouco dessa cor e até forçar uma barra ao enfiar os coronéis, que não são exatamente dessa época. Ele é um personagem que poderia estar em um livro do autor, tocando as suas maldades”, justificou uma das autores da novela, Thereza Falcão.

Zayla existiu?

Zayla faz parte do núcleo da Pequena África, local que realmente existiu e abrigava negros livres e fugitivos que precisavam de proteção.

Filha de Dom Olu (Rogério Brito) e Cândida (Dani Ornellas), a jovem é apaixonada por Jorge/Samuel (Michel Gomes).

A personagem foi mais uma invenção dos autores, mas está perfeitamente inserida em seu núcleo, indo de acordo com os costumes da época.

Outros personagens fictícios

Além deles, há outros personagens que são fictícios, como Pilar, uma das protagonistas da novela; Coronel Ambrósio, Borges (Danilo Dal Farra), outro vilão; Cândida, líder espiritual da Pequena África; Dolores, irmã mais nova de Pilar e que pode ser entendida como uma representação da época quando mulheres quase não tinham liberdade de escolha; e Guebo (João Victor Menezes), menino negro alforriado, entre outros.

Por outro lado, diversas figuras históricas reais são retratadas na trama, como a Imperatriz Teresa Cristina (Letícia Sabatella), as princesas Isabel (Giulia Gayoso) e Leopoldina (Bruna Griphao), o Conde d’Eu (Daniel Torres), a Condessa do Barral, o Duque de Caxias (Jackson Antunes) e Solano López (Roberto Birindelli), entre outros.

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Redatora web que transforma palavras em histórias fascinantes sobre o universo televisivo. Com essa paixão pela televisão, mergulho nas telas para trazer aos leitores um olhar único sobre os programas, séries e celebridades que povoam o mundo da TV. Com uma escrita envolvente e repleta de insights, guio os leitores por tramas cativantes, momentos emocionantes e curiosidades dos bastidores.