Em Renascer, a queda de braço envolvendo José Inocêncio (Marcos Palmeira) e João Pedro (Juan Paiva) deve durar a trama toda. Entre altos e baixos, o patriarca e o filho rejeitado seguirão num eterno conflito.

Marcos Palmeira em Renascer
Marcos Palmeira em Renascer

Ou quase. O duelo mais esperado de Renascer tem uma conclusão cheia de emoção. Porém, se o autor Bruno Luperi seguir a versão original da história, escrita por Benedito Ruy Barbosa em 1993, isso só deve acontecer no último capítulo.

Pai e filho terão um acerto de contas emocionante no leito de morte do protagonista. José Inocêncio morrerá e finalmente encontrará a paz nos braços de Maria Santa (Duda Santos).

Conflito entre pai e filho

A rivalidade entre José Inocêncio e João Pedro começou já no dia do nascimento do jovem. Maria Santa morreu pouco tempo depois de dar à luz o caçula, o que fez José Inocêncio rejeitá-lo. Sofrendo a perda de seu grande amor, o fazendeiro não conseguiu demonstrar qualquer afeto pelo filho mais novo.

João Pedro cresceu tentando conquistar o amor do pai, sem sucesso. E a briga ficou ainda mais intensa depois que José Inocêncio se casou com Mariana (Theresa Fonseca), justamente a mulher por quem João se apaixonou.

Atualmente, pai e filho ensaiam uma trégua. José Inocêncio demonstrou orgulho pelo talento do filho na produção de cacau fino e decidiu estabelecer uma espécie de sociedade. Porém, a paz entre eles não será selada tão cedo, já que Mariana segue entre os dois.

Confronto final

Juan Paiva em Renascer
Juan Paiva em Renascer

Entre idas e vindas, o duelo entre José Inocêncio e João Pedro permeia toda Renascer. Mas a contenda chega ao fim num acerto de contas emocionante, que só deve ir ao ar no último capítulo.

A esta altura da trama, José Inocêncio não conta com a proteção de seu diabinho na garrafa. Após ser atingido em uma tocaia, ele vai parar numa cadeira de rodas. E sua saúde fica ainda mais frágil depois que Inocêncio sofre um acidente na estrada.

Recusando qualquer ajuda e tratamento, José Inocêncio começa a agonizar em seu leito de morte. O fazendeiro, inclusive, começa a delirar, pedindo que João Pedro chame Maria Santa.

“Eu lhe chamar mainha? Mas eu que lhe tirei ela, painho”, diz o jovem ao pai.

Reconciliação

Diante do sofrimento do pai, João Pedro não pensa duas vezes. Ele pede ajuda à mãe para encontrar o facão fincado aos pés do jequitibá e o desenterra, colocando o seu facão no lugar. Em seguida, ele leva o objeto até o pai.

“Eu tive lá no pé do jequitibá-rei. Eu ranquei o facão que tava enfiado nele. Como era de sua vontade, não era? Eu não quero ver o senhor sofrendo desse jeito, não. Esse seu filho enjeitado, ele lhe quer muito”, declara-se João.

“Só ocê memo para me fazer essa caridade. Eu não tava conseguindo ir embora, causo que meu facão tava fincado lá”, responde José Inocêncio.

“Eu não queria que o senhor se fosse. Eu lhe amo, painho”, diz João, chorando muito e pedindo perdão ao pai.

“Só se ocê me der um abraço. Eu amo você, meu filho. Me perdoe por nunca ter lhe dito isso”, responde o fazendeiro, abraçando o herdeiro e morrendo em seguida, sendo levado por Maria Santa.

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor