A Globo vai trazer de volta mais um clássico dos anos 1970. Conforme antecipado pelo TV História, a novela Escrava Isaura será disponibilizada na íntegra no Globoplay neste mês de outubro.
Produção de 1976, o folhetim foi a primeira novela da Globo a correr o mundo. A adaptação de Gilberto Braga da obra de Bernardo Guimarães é um clássico incontestável, que consagrou Lucélia Santos no papel-título.
A previsão é que os capítulos da trama entrem no catálogo do Globoplay no dia 23 de outubro, como parte do Projeto Resgate, que traz de volta grandes clássicos da teledramaturgia da Globo no streaming.
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Promessa do diretor
Erick Brêtas, diretor de Produtos e Serviços Digitais da Globo, já havia anunciado a volta de Escrava Isaura no Globoplay. O profissional fez a revelação em um diálogo com um usuário do Twitter no mês de agosto.
Um internauta identificado como Julio C Napolitano fez uma “provocação” ao diretor da Globo, expondo seu desejo de assistir Escrava Isaura.
“Eu quero começar as aventuras da Escrava Isaura, mas vc não colabora”, brincou ele.
“Colaboro sim. Em outubro você vai ver como eu colaboro”, respondeu Brêtas.
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Clássico
Dirigida por Herval Rossano, Escrava Isaura conta a história de Isaura (Lucélia Santos), uma escrava branca que foi criada dentro da casa grande de uma fazenda. A moça é alvo da obsessão de Leôncio (Rubens de Falco), o herdeiro da propriedade, que faz de tudo para possuí-la.
A novela entrou para a história da teledramaturgia brasileira, já que foi o primeiro folhetim da Globo a alcançar enorme popularidade no mercado internacional. Vendida para mais de 100 países, a produção, por anos, foi a campeã de exportação dentre as tramas da emissora.
Tamanho sucesso fez de Lucélia Santos uma atriz conhecida e reconhecida no mundo todo. Não apenas Lucélia, mas boa parte do elenco da trama se tornou celebridade em diversos países, como União Soviética, Cuba e China.
https://www.youtube.com/watch?v=PvfSsqfh0KA
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Não gostava
Gilberto Braga, que adaptou alguns romances literários para a faixa das seis da Globo, revelou que não gostava de Escrava Isaura.
“Acho a novela horrível! Até hoje não entendo por que fez tanto sucesso. Era uma produção horrorosa. Eu não gosto, especialmente, do elenco, nem do meu texto. O que era bom ali era a temática do Bernardo Guimarães, que é muito forte. Claro, existia uma certa técnica, não vou dizer que eu e a direção éramos totalmente ineptos. Mas, francamente, não gosto”, cravou o novelista ao livro Autores, da Globo.
Apesar das críticas, Braga fez uma espécie de revisita à trama em Força de um Desejo (1999). Na trama, a escrava branca Olívia (Claudia Abreu) também era vítima da obsessão de Higino Ventura (Paulo Betti).
Além disso, o romance de Bernardo Guimarães rendeu uma segunda adaptação, A Escrava Isaura (2004), assinada por Tiago Santiago e Anamaria Nunes e produzida pela Record. Estrelada por Bianca Rinaldi e Leopoldo Pacheco e dirigida também por Herval Rossano, a trama também fez sucesso e garante bons índices à emissora sempre que é reprisada.
A novela rendeu ainda um “spin-off”, Escrava Mãe (2016), de Gustavo Reiz, que narrava a vida da mãe de Isaura, Juliana (Gabriela Moreyra).
