Completando 55 anos de carreira, Joana Fomm conseguiu primeiro papel após desafiar diretor
07/03/2017 às 8h30
Consolidada com quase 55 anos de carreira, os quais incluem expressivos filmes e novelas da dramaturgia nacional, a atriz Joana Fomm é a convidada desta terça (07/03) do Persona em Foco, que vai ao ar às 23h30, na TV Cultura. Entre outros assuntos, ela conta que conseguiu seu primeiro papel após desafiar o diretor Wilton Franco (1930-2012).
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JOANA FOMM (JAIR MAGRI/CULTURA)
Na atração, que tem como entrevistadoras a atriz Cláudia Mello e a atriz e jornalista Ana Maria Cerqueira Leite, Joana conta passagens de seus 76 anos de vida e quase seis décadas de carreira. Nestes, contabiliza inúmeros trabalhos de dramaturgia que fizeram sucesso na televisão, cinema e, principalmente, no teatro.
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Registrada como sendo filha de seus tios e não dos pais sanguíneos, Joana comenta sobre sua infância, período em que ficou conhecida por “peixinho”, já que sempre, ao sair da escola, ia direto à praia do Rio de Janeiro, local em que morou durante muitos anos, nadar com os banhistas.
Ela também relata que, para poder se tornar a atriz que queria, teve de manter o pé firme na decisão e provar aos pais num período de um ano que esta era realmente a escolha correta.
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Depois disto, tomada pelo sentimento de certeza, Joana foi em busca de seu sonho. Viu um anúncio da TV Rio, na época em que já fazia parte do teatro, e foi fazer o teste com todo atrevimento que tinha.
No local, encontrou Wilton Franco e disse: “Olha, vocês estão precisando de uma atriz. Estou aqui”, no que ele replicou nunca ter ouvido nada sobre ela. No mesmo instante, Joana falou: “Se não me der uma oportunidade, vai continuar sem ouvir né”. Desta maneira, conseguiu seu primeiro papel na televisão. E assim foi constituindo sua carreira pelas emissoras que passou, como SBT, TV Globo, TV Cultura e outras.
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Um tempo depois, Joana estava em São Paulo. Foi trabalhar com o Teatro de Arena. Ela queria fazer peças mais politizadas, que a fizessem entender o que estava acontecendo no Brasil. Com a tomada dos militares no governo, o Arena acabou e ela foi trabalhar como jornalista e em programas de TV, encenando sua primeira novela, O Desconhecido, de Nelson Rodrigues.
Quatro anos depois, em 1968, estreou na TV Globo e começou a trabalhar em diversas novelas, consolidando ainda mais sua carreira com personagens de enorme sucesso como as vilãs Perpétua, da novela Tieta, e Yolanda Pratini, de Dancin’s Day, que lhe renderam dois prêmios: Troféu Imprensa e APCA, respectivamente. Além de dois CANDANGO em A Vida Provisória e Césio 137 – O Pesadelo de Goiânia, e do prêmio Air France por sua atuação nos filmes Gamal, Delírio do Sexo e As Gatinhas.
PERPÉTUA (MEMÓRIA GLOBO)
Além disto, a atriz recebe depoimentos apaixonados de seus companheiros de carreira como Juca de Oliveira, Nuno Leal Maia, Ignácio de Loyola Brandão, Paulo Cézar Pereiro, Walther Negrão, José Mayer, Elizabeth Gasper e Ana Lucia Torre.