Selva de Pedra é um grande clássico e marcou época na televisão brasileira. Escrita por Janete Clair e exibida entre 1972 e 193, a novela que contava a saga do casal Cristiano e Simone atingiu 100% de audiência no Ibope do Rio de Janeiro, deixando as outras emissoras no traço. A trama consagrou Francisco Cuoco e Regina Duarte, jovens atores que conquistaram o Brasil.

Em 1986, a Globo apostou no remake da novela no horário das 20 horas, com Tony Ramos e Fernanda Torres. Porém, o sucesso não foi o mesmo da primeira versão. Um dos motivos foi que a novela foi exibida no meio da Copa do Mundo do México e, algumas vezes, transmitida após às 22 horas, o que era muito tarde naquela época.

Christiane Torloni acabou sendo o grande destaque da produção, após o sucesso na novela A Gata Comeu.

Confira agora a comparação dos elencos entre as duas versões da novela:

O jovem ambicioso e destemido do interior, Cristiano Vilhena, casado com Simone, foi interpretado por Francisco Cuoco na primeira versão. Já na segunda versão, Tony Ramos ficou com o papel principal.

Simone Marques, casada com Cristiano, é vítima de um atentado, finge que morreu e foge para o exterior. Ao voltar para o Brasil, criou uma falsa identidade: Rosana Reis, uma consagrada artista plástica. Esse papel consagrou Regina Duarte em 1972, porém, em 1986, Fernanda Torres acabou sendo criticada por sua atuação.

Na primeira versão, Dina Sfat viveu Fernanda Arruda, personagem apaixonada por Cristiano e que acabava se tornando noiva dele, mas foi abandonada no altar e desenvolve ódio por ele. No remake, Christiane Torloni encarnou a vilã.

Miro é um mau caráter que acabou criando uma amizade com Cristiano pelo interesse de subir na vida a qualquer custo. Foi ele que montou o atentado contra Simone. Em 1972, Carlos Vereza viveu o personagem e, em 1986, Miguel Falabella ficou com o papel.

Na primeira versão, Carlos Eduardo Dolabella viveu Caio, noivo de Fernanda e primo de Cristiano. José Mayer interpretou o personagem na segunda versão.

Sebastião, pai de Cristiano, que largou uma herança para viver como beato, foi interpretado por Mário Lago na versão de 1972 e, na versão de 1986, Sebastião Vasconcellos ficou com o personagem.

A atriz Ana Ariel viveu Berenice, esposa de Sebastião e mãe de Cristiano. No remake, Yara Lins foi escalada para o papel.

A ex-vedete Dorinha Duval viveu Diva, filha de Sebastião e Berenice, irmã de Cristiano. Em 1986, Iara Jamra ficou com a personagem, que foi seu primeiro grande papel na televisão.

Aristides Vilhena, homem rico e dono do Estaleiro Celmu S.A., era tio de Cristiano e pai de Caio e Cíntia. Enriqueceu por meio ilícitos. O personagem foi interpretado por Gilberto Martinho em 1972. No remake, Walmor Chagas ficou com o papel.

Cíntia Vilhena, filha querida de Aristides, era uma jovem amargurada. Célia Coutinho e Beth Goulart viveram a personagem.

Em 1972, a talentosa Arlete Salles viveu Laura Vitória, ex-atriz que conquistou o amor de Aristides e vivia brigando com Caio e Cintia. Em 1986, Maria Zilda deu vida à personagem.

Jorge Moreno era um ator, separado de Walquiria e muito apaixonado por Simone, de quem se tornou um grande incentivador. Na primeira versão, Edney Giovenazzi foi o intérprete, enquanto Otávio Augusto ficou com o papel no remake.

Em 1972, Neuza Amaral viveu Walkíria de Albuquerque, uma pintora sem talento, gerente de uma galeria de arte e protetora de novos e belos pintores. Ela tinha uma relação conturbada com o ex-marido, Jorge Moreno. Juliana Carneiro da Cunha viveu Walkíria em 1986.

Fanny é uma ex-atriz de teatro que acaba virando uma dona de pensão. Divertida e alegre, sofria de carência afetiva. Tinha um grande carinho por Miro e se apaixonou por Mestre Pedro. Heloisa Helena e Nicette Bruno viveram a personagem.

Na primeira versão, Álvaro Aguiar viveu Mestre Pedro, um beberrão irresponsável que vivia em um velho barco que ficava no cais do Estaleiro Celmu S.A. Ele tornou-se um grande amigo de Cristiano. No remake, Stênio Garcia deu vida ao personagem.

Joana era filha de Mestre Pedro e levava uma vida dupla: uma moça simples e pacata, que se transformava em Jane, cafetina de Miro e parceira nos golpes. Ângela Leal e Tássia Camargo deram vida à personagem.

Seu Chico é pai de Simone, homem simples que trabalhava como alfaiate. Em 1972, foi vivido por Arnaldo Weiss e, em 1986, Rogério Márcico ficou com o papel.

Sônia Braga, que estava em início de carreira, viveu a personagem Flávia, jovem doce e tímida que sofria com a separação dos pais Jorge e Walkíria. No remake, a novata Deborah Evelyn viveu a personagem.

Na primeira versão da trama, Lídia Mattos interpretou Vivi Arruda Campos, uma grã-fina que fazia um acordo com Aristides: caso ela conseguisse a direção do jornal Folha do Rio, convenceria sua filha Fernanda a se casar com Caio, filho do milionário. Na segunda versão, o papel ficou com Marilena Ansaldi.

Zelinha Vilhena, filha de Sebastião e Berenice, fazia parte da ala pobre da família Vilhena. Foi interpretada por Tessy Callado, em 1972 e, em 1986, por Neusa Caribé.

Pipoca era um quebra-galho da pensão de Fanny, um palhaço aposentado, boa praça e que ajudava a todos. Antônio Ganzarolli e André Valli, respectivamente, viveram o simpático personagem.

Em 1972, Suzana Faini viveu Olga, secretária de Aristides e apaixonada por Caio, com quem acabou vivendo um caso. Em 1986, Tânia Loureiro ficou com o papel.

Dona Maria Amélia, mãe de Vivi e avó de Fernanda, torcia pelo amor da neta dom Cristiano. Lícia Magna e Regina Macedo viveram a personagem.

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Irene era mãe de Fátima e fazia de tudo pela menina. Ela desejava que a filha fosse bailarina. O seu amor era disputado por Abud e Isaac. Irene foi vivida por Agnes Fontoura em 1972 e, em 1986, por Aracy Cardoso.

Na primeira versão, José Steinberg foi o intérprete de Isaac, um homem mão de vaca e sócio de Abud. No remake, Paulo Hesse ficou com o papel.

Abud era sócio de Issac e era um homem bom e alegre. O personagem foi vivido, respectivamente, por Germano Filho e Sérgio Ropperto.

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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor