Jamanta não morreu: saiba como está Cacá Carvalho, longe das novelas há 16 anos
06/09/2021 às 19h27
Cacá Carvalho é o nome artístico de Carlos Augusto Carvalho Pereira. O ator nasceu em Belém (PA) no dia 24 de abril de 1953. Ele começou sua carreira no teatro em sua cidade-natal, no final da década de 1960.
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Em 1978, esteve no elenco da montagem antológica de Macunaíma feita por Antunes Filho. Posteriormente, morou diversos anos na Europa, onde teve contato com grandes nomes do teatro.
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Seu primeiro papel de destaque na televisão foi uma participação na fase inicial da novela Renascer (1993), quando viveu o violento Venâncio, pai de Maria Santa (Patrícia França).
Voltou às novelas em 1998, quando fez em Torre de Babel o papel que marcou sua carreira: Ariovaldo da Silva, eternamente conhecido como Jamanta.
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Na novela, ele vivia no ferro-velho de Agenor (Juca de Oliveira). Ao final da trama, descobre-se que, na verdade, ele era filho de Agenor, que sumiu na explosão do shopping, com Diolinda (Cleyde Yáconis).
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Em 2000, Cacá esteve na minissérie A Muralha, da Globo, como Frei Carmelo.
Já em 2005, aconteceu um fato raro: o personagem de uma novela volta a aparecer em outra trama. Jamanta estava de volta em Belíssima, de Silvio de Abreu, o mesmo autor de Torre de Babel. Desta vez, o personagem batia cartão na oficina de Pascoal (Reynaldo Gianecchini).
Depois disso, ele acabou sumindo das novelas, mas participou de algumas produções: foi o juiz corregedor na minissérie A Pedra do Reino (Globo); Severino, na série Mandrake, da HBO; e Nestor, na montagem de O Cego e o Louco, da TV Cultura. Ele também esteve no elenco de 171 – Negócios de Família, exibida no canal Universal, e foi o Padre Raimundo de Cine Holliúdi, da Globo.
Mais recentemente, ele pode ser visto no streaming: o ator viveu Josias em Onde Está Meu Coração, série lançada neste ano pelo Globoplay.
Carreira consolidada no teatro
Apesar dos poucos papeis na televisão, Cacá Carvalho é um renomado ator do teatro brasileiro, tendo participado de diversas montagens. Em 1999, após Torre de Babel, Cacá foi para Belo Horizonte (MG) para dirigir o Grupo Galpão em Partido (1999), adaptação teatral do livro O visconde partido ao meio, de Ítalo Calvino.
O ator tinha um projeto de teatro no bairro da Barra Funda, em São Paulo (SP), chamado Casa Laboratório. No entanto, a crise – e a consequente falta de apoio financeiro – fez o espaço suspender suas atividades há alguns anos anos, mas rendeu excelentes frutos. Exemplo: a atriz Laila Garin, estrela de diversos musicais em cartaz nos últimos tempos, como Elis, participou da Casa Laboratório.
O profissional estava em cartaz no Sesc Pinheiros, em São Paulo, com a peça A Próxima Estação – Um Espetáculo para Ler. A história é centrada no casal Violeta e Massimo, que, juntos, repassam o curso de suas vidas em seis estações, marcadas por intervalos de uma década, ao longo de 50 anos, de 2015 a 2065. Detalhe: o diálogo não era encenado, mas lido pelo ator. Agora, a peça está sendo mostrada no canal do YouTube da Corpo Rastreado.
Cacá Carvalho também esteve em cartaz em São Paulo com o monólogo 2×2 = 5 – O Homem do Subsolo, inspirado no romance Memórias do Subsolo, de Fiódor Dostoiévski.
Sobre os anos longe da TV, o ator, atualmente com 68 anos, disse ao blog de Miguel Arcanjo Prado que “ninguém se afasta da TV, a TV que não te chama. (…) Se me chamarem, eu estudo e vejo a possibilidade de fazer”. No entanto, na mesma conversa, ele disse que não consegue ficar sem fazer teatro.