Novela típica de Carlos Lombardi, Uga Uga terminava, com sucesso, há exatamente 20 anos, no dia 19 de janeiro de 2001, após 221 capítulos.
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A saga do índio Tatuapu (Cláudio Heinrich), herdeiro de um milionário do ramo dos brinquedos criado como um selvagem por índios, mesclava ação, humor e uma boa dose de erotismo.
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No elenco, também se destacaram Lima Duarte, como o mal-humorado Nikos, e Nair Bello, como a cômica Pierina. Outro ponto positivo foi a presença de Betty Lago, como Brigite, em um de seus melhores trabalhos na televisão.
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Uga Uga iniciou sua trajetória bem na época em que a Classificação Indicativa entrava em vigência, o que implicou em diversos problemas para a Globo, já que a novela desnudou boa parte do seu elenco masculino e contou com cenas de violência, fortes demais para o horário.
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“Houve muita reclamação com os corpos desnudos dos atores e o apelo sexual da novela. A bunda de Cláudio Heinrich ganhou notoriedade, enquanto o personagem de Marcos Pasquim aparecia em 90% de suas cenas sem camisa”, pontuou nosso colunista Nilson Xavier em seu site Teledramaturgia.
“Quando entramos no outono/inverno, a televisão procura mostrar novelas ambientadas em lugares ensolarados, porque, vivendo dias escuros, chuvosos, o telespectador é atraído pelos cenários iluminados.E ninguém vai à praia vestido nem há índio de terno e gravata. No verão do Rio todo mundo usa pouca roupa”, se defendeu o autor em entrevista à revista Istoé de 31 de maio de 2000.
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Independente das polêmicas, o público respondeu. O primeiro capítulo marcou quase 40 pontos, enquanto a média da primeira semana ficou na casa dos 37.
Ao longo de seus capítulos, manteve médias entre 35 e 40 pontos, com picos de 46, numa época em que as novelas das sete não estavam chegando perto da meta do horário, que era de 45 pontos. O desfecho marcou 40 pontos, com picos de 51.
No final, a criançada adorou, a Globo conseguiu driblar os problemas com o Ministério Público e a novela cumpriu seu missão, sendo substituída por Um Anjo Caiu do Céu.
