Com beijo polêmico, única novela de Sandy terminava há 21 anos
11/11/2024 às 14h11
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A novela Estrela-Guia, escrita por Ana Maria Moretzsohn, estrelada pela dupla Sandy e Júnior, terminava há exatamente 21 anos, em 15 de junho de 2001.
“A novela da Sandy”, como ficou conhecida, foi produzida especialmente para aproveitar a popularidade dos astros teen, que, na época, vinham da experiência como atores no seriado dominical Sandy & Jr.
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Na trama, Sandy vivia a adolescente Cristal, criada em Jagatah, uma fictícia comunidade alternativa. Órfã, partiu com seu padrinho para o Rio de Janeiro e acabou apaixonada por ele, Tony, interpretado por Guilherme Fontes.
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A escolha do par romântico de Sandy gerou buchicho na época. Fontes foi escalado depois de muita especulação e expectativa – e nem era o preferido da cantora.
Seguem 10 curiosidades sobre a novela:
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1 – Beijo polêmico
De acordo com o seu perfil, Tony teria de ser 18 anos mais velho que Cristal, já que, na história, ele era tutor da garota, amigo do falecido pai dela.
Guilherme Fontes foi escolhido entre 10 atores, desbancando candidatos como Felipe Camargo, Gabriel Braga Nunes e Rodrigo Santoro.
Nomes como Marcelo Antony e Fábio Assunção foram cogitados, mas ambos estavam na ocasião escalados para outras produções. Antony era o preferido de Sandy.
Guilherme Fontes – há quatro anos afastado da TV, desde a novela O Rei do Gado (1996-1997) – estava à época envolvido com os problemas de seu filme Chatô, o Rei do Brasil (finalmente lançado em 2015).
2 – Novela curta
Estrela-Guia ficou apenas três meses no ar, totalizando 83 capítulos. Uma novela concebida para ser curta e não atrapalhar a agenda de shows de Sandy e Júnior.
A autora Ana Maria Moretzsohn pôde assim apresentar uma história sem espichamento ou “barriga” (aquele período na novela em que nada acontece), mantendo uma audiência linear.
3 – Elenco
Júnior Lima, irmão de Sandy, estava na novela em um personagem pequeno: Zeca, um malabarista de rua. Além da dupla, outros cantores fizeram parte do elenco: Evandro Mesquita e Cida Moreira.
Estrela-Guia foi a primeira novela dos atores Sérgio Marone e Graziela Moretto. E a primeira na Globo de Thiago Fragoso.
Destacaram-se no elenco: Carolina Ferraz, como a fútil vilã Vanessa, Lília Cabral, a “perua country” Dafne, e Rodrigo Santoro vivendo o playboy Carlos Charles.
A revelação foi Thaís Fersoza, ainda novata na televisão, dando uma interpretação segura à sua personagem Gisela (que alternava a cor do cabelo entre pink, laranja e roxo).
4 – Reprise + Show
Estrela-Guia foi reapresentada no canal Viva entre abril e julho de 2019, reexibição que coincidia com o retorno aos palcos de Sandy e Júnior depois de 12 anos de separação, com a turnê “Nossa História” pelo Brasil, em comemoração aos 30 anos da dupla.
Em julho de 2020, a novela foi disponibilizada no Globoplay (o streaming da Globo), juntamente com a série documental Sandy e Júnior, a História.
Para as novas exibições, impedimentos em relação aos direitos autorais da música-tema da abertura – “Imagine”, de John Lennon, em uma gravação de Paulo Ricardo – fizeram com que ela fosse substituída por outra, instrumental: “Feel My Heart”, do produtor musical e arranjador Adi Goldstein.
5 – A trilha sonora
O CD com a trilha sonora da novela foi um sucesso de vendas. Júnior estava presente com um de seus sucessos, “Enrosca“; e Chitãozinho e Xororó com um medley de “Bailão de Peão” e “Na Aba do Meu Chapéu“. O restante da trilha reuniu novos e antigos sucessos, em regravações ou gravações originais: “Just the Way You Are” (Barry White), “Oye Como Va” (Santana), “Quase Nada” (Zeca Balero), “Father and Son” (Cat Stevens), “Vieste” (Lenine), “Lá em Mauá” (P.O. Box), “Amor de Índio” (Roupa Nova), “Como Nossos Pais” (Elis Regina) e outros.
6 – Inspiração no cinema
Serviram de inspiração para a autora Ana Maria Moretzsohn filmes como Hair (de Milos Forman, 1979), Papai Pernilongo (de Jean Negulesco, 1955) e Presente de Grego (de Charles Shyer, 1987).
7 – Pirenópolis
O município de Pirenópolis, no estado de Goiás, serviu para várias locações externas. Foram reproduzidas na cidade, especialmente para a novela, as tradicionais Cavalhadas, manifestação folclórica que mostra a histórica batalha entre mouros e cristãos no século 6.
Para a realização da Festa do Divino – também encenada na novela -, Pirenópolis foi enfeitada com bandeirinhas brancas e vermelhas e chitão colorido, e povoada de mascarados, pastorinhas e bandas de música. O Rei dos Mouros foi interpretado por Rodrigo Santoro, que aprendeu as coreografias da batalha, em que os cavaleiros mouros vestem vermelho e os cristãos, azul, com doze integrantes de cada lado.
8 – Os hippies
Os colares e batas usados por Sandy na novela fizeram sucesso e ganharam as ruas. A indumentária do núcleo alternativo foi toda confeccionada com os mesmos procedimentos artesanais adotados na trama pelos habitantes da fictícia comunidade de Jagatah. Todas as peças foram feitas à mão, com retalhos reciclados ou tecidos em teares manuais com fios de algodão supostamente por eles cultivado.
A equipe da figurinista Gogóia Sampaio pesquisou materiais e métodos compatíveis com os recursos encontrados na própria região do Arco da Aliança. Nada, absolutamente, foi feito industrialmente. Para suprir tal demanda de trabalho, uma equipe de costureiras e bordadeiras, além de pessoas para tingir e dar vivência ao tecido (fazê-lo parecer usado) foi montada exclusivamente para a novela. Joias e bijuterias criadas pela designer Tereza Xavier complementaram o visual dos moradores da comunidade de Jagatah.
9 – Preparação do elenco
Os atores participaram de workshops sobre astrologia, antropologia, mantras e sociedade alternativa para entender melhor a filosofia sobre a vida e o cotidiano de seus personagens. Mônica Torres e Fernanda Rodrigues receberam noções de fabricação de joias e aprenderam a jogar tarô. Ana Carbatti contou com a consultoria da escultora Elisa Pena, que trabalhava com cerâmica, para dar veracidade à artista plástica Dominique.
Para viver seu personagem, Sérgio Marone teve de se familiarizar com instrumentos musicais, como flauta, calimba e harmonium. Lília Cabral, Sérgio Mamberti e Nizo Neto aprenderam noções básicas de hipismo com a veterinária Gisela Ferraz, responsável pelos cavalos da novela.
Nelson Xavier estudou um pouco de fitoterapia para viver o mestre espiritual Purunam. Sandy aprendeu a cantar os mantras da personagem Cristal com Tomaz Lima, conhecido pelo nome artístico de Homem de Bem.
10 – Animais para as gravações
As gravações contaram com diferentes tipos de animais. Na comunidade Arco da Aliança, não faltaram araras, tucanos, saguis, bichos-preguiças e canários da terra, em contraste com as cobras, gaviões, onças e urubus-reis da fazenda de Dafne (Lília Cabral). Mais de 150 borboletas aparecem nas cenas em que Cristal medita, dança e canta mantras.
AQUI tem tudo sobre Estrela-Guia: a trama, elenco completo, personagens, trilha sonora e mais curiosidades.