No Vem Pra Cá da última terça (1º), Patrícia Abravanel causou polêmica ao minimizar a importância de se discutir e combater a homofobia. A apresentadora declarou que os conservadores têm o direito de serem intolerantes com os integrantes da comunidade LGBTQ+, pois ainda estão aprendendo a lidar com a diversidade.

“Nós, que fomos educados com pais mais conservadores, estamos aprendendo, se (sic) abrindo. Mas acho que também é um direito [ser intolerante]. As pessoas deviam respeitar [a intolerância]. Por que não concordar em discordar? A gente pode ter opiniões diferentes, mas tudo bem”, enfatizou.

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“Tudo é muito enfatizado, polemizado. Não acho que o Caio Castro ou a Rafa são preconceituosos ou homofóbicos. Acho que eles foram educados de outra maneira”, completou, citando os casos do ator e de Rafa Kalimann, que receberam muitas críticas nas redes sociais ao compartilharem um vídeo do pastor Claudio Duarte criticando relacionamentos homoafetivos.

Se os ‘LGDBTYH’, não sei, querem o respeito, eles precisam ser mais compreensivos com àqueles que hoje ainda não entendem direito e estão se abrindo para isso. É difícil educar filhos ao falar sobre isso, sabia? Vou dizer ao público ‘LGBTC’ que é muito difícil saber o que eu vou falar? Como vou falar? A gente não sabe lidar! Tem que ter respeito, compreensão”, completou.

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Resposta

Na noite do mesmo dia, o troco veio: o sobrinho de Patrícia, Tiago Abravanel, usou seu Instagram para criticar o discurso da tia.

“Vamos falar sobre um assunto delicado. Hoje minha tia, a Patricia Abravanel, fez um comentário no programa que me pegou de um jeito que não ficou legal. O comentário que ela fez foi em cima de um ocorrido com a Rafa Kalimann e o Caio Castro antes de ontem. Eles postaram um vídeo de um pastor falando que não concordava com o casamento gay, mas que respeitava. Isso gerou algumas retratações deles. E aí, a Patrícia e o Gabriel Cartolano comentaram”, iniciou.

“Eu resolvi fazer esse vídeo, porque eu acho que assim como ela falou ao vivo o que ela pensa, eu acho que eu também preciso falar o que eu penso aqui nas minhas redes. Tentar falar para você, tia, o como eu me senti assistindo, tá? Eu acho que em primeiro lugar, orientação sexual não é uma questão de opinião. É uma questão de respeito. Você não precisa ser como eu, mas precisa respeitar quem eu sou e ponto final”, disparou.

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“Não é uma questão de tolerância, tia, de calma. As pessoas sofrem por isso, as pessoas morrem por causa disso. Quando um homem ou um casal de gays está andando na Avenida Paulista e leva uma lampadada na cabeça, não dá tempo de explicar”, continuou.

“Opinar, você opina se uma roupa é bonita ou feia para você. Se você quer café ou chá ou se você gosta de doce ou salgado. A orientação sexual não é da opinião de ninguém. Ela nasceu assim, então, não é uma questão de opinião. Ponto. Quando se opina em relação a isso é um ato homofóbico”, completou.

Confira o vídeo:

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