Um dos maiores artistas da história da televisão brasileira, Chico Anysio nos deixou há mais de 10 anos, em março de 2012. O astro teve oito filhos e a maioria seguiu carreira artística.
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Ator e dublador, Nizo Neto revelou, em entrevista ao programa Sensacional, da RedeTV!, que seu pai não incentivou sua carreira artística. Conversando com Daniela Albuquerque, Nizo destacou que Chico nunca quis que ele e os irmãos, Bruno Mazzeo e Lug de Paula, seguissem carreira artística.
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“Ele pegava no nosso pé, mas se preocupava mais comigo. Não sei por quê me pegava pra Cristo, vai entender”, ponderou.
O desejo do humorista era que o filho seguisse outra profissão, mas não teve jeito. Nizo começou na televisão ainda criança, no programa Chico City, da Globo.
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“Ele queria que eu fosse advogado de qualquer jeito, uma coisa absurda. Jamais eu seria advogado”, completou.
Ônus e bônus
Sobre o ônus e o bônus de ter como pai um dos principais nomes da comédia brasileira, o artista disso que isso não era um problema.
“Com certeza ser filho do Chico Anysio tem ainda muito mais vantagem do que desvantagem. É motivo de orgulho. Mas têm aqueles que comparam [nosso trabalho] e é uma covardia muito grande. Quem vai chegar perto de ser como ele era?”, destacou.
Na atração, Nizo ainda contou que já foi vetado de trabalhos em consequência de decisões tomadas pelo pai ao longo de sua trajetória.
“Muitas vezes as pessoas não gostam e isso acaba respingando em mim”, pontuou. “Ele brigava com uma pessoa publicamente e aí ela não vai me chamar [para um projeto]. Tem que ser elevada espiritualmente para isso”, concluiu.
Perda do filho
Além da Escolinha do Professor Raimundo, onde se destacou como o personagem Ptolomeu, Nizo participou de novelas como Sinhá Moça, A Próxima Vítima, O Cravo e a Rosa, Cabocla e Eterna Magia.
Aos 59 anos, está longe da Globo desde 2019, quando fez uma participação especial na nova versão da Escolinha revivendo seu antigo personagem.
Há cinco anos, ele passou por um drama ao perder seu filho, Rian Brito, que foi encontrado sem vida em um praia de Quissamã (RJ), aos 26 anos.
“A história do meu filho foi uma coisa absurda, é a vida na contramão. Não é o que a gente espera para gente, e ainda assim de uma maneira tão trágica. Rian tomou o chá de Ayahuasca e pirou, teve um surto psicótico.
Ele entrou num processo de anorexia e não queria mais comer. Foi internado numa clínica psiquiátrica. Ele não tomava nada, nem chopp. Mas numa busca espiritual, foi tomar o chá e teve um surto. Foram apenas quatro doses”, contou ao podcast Inteligência Ltda.