Cenas do próximo capítulo: SBT recruta protagonista da Record para Poliana; nova Malhação será adaptada de formato canadense

Dalton Vigh, Guilherme Boury, Igor Rickli, Mel Lisboa e Myrian Rios. Eis o elenco escalado até o momento para Poliana – ou As Aventuras de Poliana -, próxima novela infantil do SBT, com estreia prevista para abril, mais tardar maio, de 2018. Dois nomes em especial chamam a atenção, Igor e Myrian.

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Ele, por estar no ar em O Rico e Lázaro, da Record, onde vive um dos protagonistas, Zac. Ela, por ter se afastado das novelas em 2002, após encerrar sua participação em O Clone. Nesta época, estreou como apresentadora da TV católica Canção Nova; em 2011, como deputada estadual pelo Rio de Janeiro, causou polêmica com uma declaração sobre homossexualidade e pedofilia na Assembleia Legislativa do estado.

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Já Dalton deixou a Globo recentemente, após viver Raposo, um dos personagens centrais de Liberdade, Liberdade (2016). Guilherme esteve em A Terra Prometida (2016), da Record, e pode ser visto na reprise de Chiquititas (2013), às 21h30. Mel, por sua vez, vinha se dedicando ao teatro e a séries da TV paga, desde sua saída do canal de Edir Macedo, após participação em Os Dez Mandamentos (2015).

Há ainda a expectativa de um acerto com Mylla Christie, que apareceu recentemente em Carinha de Anjo como psicóloga da pequena Dulce Maria (Lorena Queiróz). Mylla vem de um longo tempo como contratada da Record, onde gravou apenas duas produções: Amor e Intrigas (2007) e José do Egito (2013).

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Veterano

O Outro Lado do Paraíso, trama de Walcyr Carrasco que ocupa a faixa das 21h em outubro, reunirá Lima Duarte, Marieta Severo e Fernanda Montenegro. Que trio, hein? Lima, que não participa de uma novela do início ao fim desde Araguaia (2011), fará Josafá, dono de uma birosca de beira de estrada que se torna alvo dos intentos criminosos de Sophia (Marieta). A vilã vai se apossar das terras dele, após o casamento de seu filho Gael (Sérgio Guizé) com a neta de Josafá, Clara (Bianca Bin), enviada pela sogra para uma clínica psiquiátrica.

Na miséria, Josafá encontrará apoio em Mercedes (Fernanda Montenegro), seu grande amor do passado. A senhora ouve vozes, que a previnem acerca do apocalipse.

Bom começo

Vera Holtz é o primeiro nome cotado para Orgulho e Paixão, folhetim de Marcos Bernstein para o horário das 18h. Deve caber à ela a matriarca de uma família com cinco herdeiras, que precisa desposar ao menos uma delas para não perder o patrimônio da família para seu primo ambicioso.

Retorno

De Alto Astral (2014), sua estreia em novelas, até aqui, Monica Iozzi esteve na bancada do Vídeo Show, envolvida em projetos para cinema e à frente do elenco da insossa Vade-Retro, exibida este ano. Agora, há expectativa de um retorno aos folhetins, em Anos Incríveis, novela das 19h.

Análise

Soa como retrocesso a decisão da Globo de se inspirar num texto estrangeiro para a próxima temporada de Malhação, com estreia prevista para março do ano que vem. Patrícia Moretzsohn responderá pela adaptação, supervisionada por Daniel Ortiz e dirigida por Natália Grimberg, de 30 Vies (30 Vidas), novela canadense exibida entre 2011 e 2016, indicada três vezes ao Emmy – e derrotada pelas brasileiras Lado a Lado (em 2013), Joia Rara (em 2014) e Verdades Secretas (em 2016).

Original de Fabienne Larouche, 30 Vies trazia, a cada nova temporada, um professor de ensino médio administrando conflitos de seus alunos. A trama debateu dependência química, alcoolismo, HIV, homossexualidade, déficit de atenção e violência doméstica. Ou seja, nada de novo em se tratando de Malhação, que já abordou todos estes temas sem chocar o telespectador ou infringir as normas que regem a Classificação Indicativa.

Por aqui intitulada Vidas Brasileiras – espera-se que este título seja apenas provisório -, a novelinha resgatará o formato adotado em 1995, quando estreou: o de histórias que se desenrolam em quinze dias e dão espaço para outras em seguida. Moretzsohn tem experiência: ela implantou a novelinha, esteve por lá até 2000 e voltou para turbinar a audiência em 2007. Respondeu também pela pouco inspirada Casa Cheia (2013).

Mas, fica a questão: será mesmo que os autores daqui andam tão exauridos que se tornaram incapazes de fomentar uma história eficiente para a faixa de Malhação? Cao Hamburger, à frente da excelente Viva a Diferença, mostra que não.


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