A atriz Léa Garcia morreu na última terça-feira (15), aos 90 anos, vítima de complicações cardiológicas. Nome de peso no teatro e no cinema, Léa também fez história na televisão.

Ana Lúcia Torre em Alma Gêmea
Ana Lúcia Torre em Alma Gêmea (reprodução/Globo)

Uma de suas personagens de maior sucesso foi Rosa, de Escrava Isaura (1976), assinada por Gilberto Braga. O desfecho da vilã marcou época e foi reproduzido em um grande êxito de Walcyr Carrasco, Alma Gêmea (2005), numa cena protagonizada por Ana Lúcia Torre (foto acima).

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Escrava Isaura

Lucélia Santos e Lea Garcia em Escrava Isaura
Lucélia Santos e Lea Garcia em Escrava Isaura (reprodução /Memória Globo)

Cativa da fazenda da família Almeida, Rosa inveja Isaura (Lucélia Santos), escrava branca tratada com todas as regalias por Ester (Beatriz Lyra). Ela se une aos feitores e ao vilão Leôncio (Rubens de Falco), que deseja Isaura, para maltratá-la.

No último capítulo, após o suicídio de Leôncio, Isaura assume a propriedade ao lado do amado Álvaro (Edwin Luisi) e dá a carta de alforria para a inimiga. Mesmo assim, Rosa decide matá-la com um ponche envenenado.

Porém, ao servir a bebida, ela se atrapalha e acaba vítima do próprio plano. O castigo “lavou a alma” do público que fez de Escrava Isaura um dos grandes êxitos das seis.

https://www.youtube.com/watch?v=XzWZBYXgzAE

Alma Gêmea

Alma Gêmea
Cristina (Flavia Alessandra) e Débora (Ana Lúcia Torre) em Alma Gêmea (divulgação/Globo)

29 anos depois, Walcyr Carrasco repetiu o entrecho criado por Gilberto Braga em Alma Gêmea. Desta vez, quem provou do próprio veneno foi Débora (Ana Lúcia Torre), mãe e “mentora” da maléfica Cristina (Flávia Alessandra).

Diante da iminente separação da filha e de Rafael (Eduardo Moscovis), Débora decide eliminar o genro para que Cristina herde toda a sua fortuna. Contudo, é ela quem toma do refresco “batizado” oferecido ao botânico.

A alma de Débora deixa o corpo logo em seguida. Enquanto Cristina chora pela mãe, a malvada se debate contra seus inimigos, em uma sequência que gera memes até hoje.

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Outros casos

Cassia Kiss
Cassia Kis como Adma em Porto dos Milagres (divulgação/Globo)

Situação semelhante aconteceu em Porto dos Milagres (2001), de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares. Após dar fim a vários personagens com a substância que carregava em um anel, Adma (Cássia Kis) prepara um golpe fatal contra o aliado Eriberto (José de Abreu). Ciente da armação, o empregado troca as taças.

Em Mar do Sertão, de Mário Teixeira, a última investida de Deodora (Débora Bloch) para liquidar Candoca (Isadora Cruz) e José Paulino (Sergio Guizé) se voltou contra ela. Quem tomou o chá envenenado foi Tertulinho (Renato Góes), filho da bandida que terminou seus dias presa.

Bebidas fatais também foram servidas em Força de um Desejo (1999), de Gilberto Braga e Alcides Nogueira. Bárbara (Denise Del Vecchio) ceifou a vida de todos que atravessaram seu caminho e o do esposo Higino Ventura (Paulo Betti), bem com das testemunhas de tais crimes.

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Apaixonado por novelas desde que Ruth (Gloria Pires) assumiu o lugar de Raquel (também Gloria) na segunda versão de Mulheres de Areia. E escrevendo sobre desde quando Thales (Armando Babaioff) assumiu o amor por Julinho (André Arteche) no remake de Tititi. Passei pelo blog Agora é Que São Eles, pelo site do Canal VIVA e pelo portal RD1. Agora, volto a colaborar com o TV História.