Atualmente envolvida em polêmicas por conta de sua participação em atos antidemocráticos e por comentários homofóbicos, a atriz Cássia Kis, que vive a Cidália em Travessia, já foi bem menos conservadora.
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A artista nem de longe lembra a pessoa que, um dia, chegou a declarar que adorava ver gente pelada e reclamava que as novelas estavam recatadas demais.
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Participação em atos antidemocráticos
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Intérprete de Cidália em Travessia, a atriz Cássia Kis vem acumulando inúmeras críticas por sua participação em atos antidemocráticos. Os movimentos reivindicam uma intervenção militar no Brasil por não aceitarem a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais deste ano.
Cássia tem desafiado a Globo constantemente por declarar apoio a um possível golpe. Ela esteve presente em mais um protesto realizado na tarde da última terça-feira (15/11), feriado da Proclamação da República.
Vídeos obtidos pelo site Notícias da TV e divulgado pelo jornalista Gabriel Vaquer mostram Cássia sendo cumprimentada pelo público presente na avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio de Janeiro.
A atriz, que chegou a ser cumprimentada por um policial militar, foi bastante aclamada pelos apoiadores de Bolsonaro, que a consideram como um grande exemplo para a luta. Outro famoso que compareceu às manifestações foi o ator Victor Fasano (foto acima) que, além de cumprimentar a atriz, tirou fotos com os bolsonaristas.
Denúncias
A veterana atriz ainda tem feito declarações polêmicas contra a população LGBTQIA+, além de atacar jornalistas e militar contra o aborto e o uso de anticoncepcionais.
Em um artigo publicado na Folha de São Paulo no último dia 13 de novembro, Cássia afirmou estar sendo vítima de mentiras, assédio moral e muita pressão. Na publicação, ela disse que tem muitas pessoas falando mal dela, incluindo colegas de profissão que sempre respeitou.
E fez questão de afirmar que perdoou todas as pessoas que a criticam, independentemente de elas acreditarem no que dizem ou simplesmente se deixarem levar por discursos alheios.
Apesar de declarar seu descontentamento com o julgamento vindo de parte da categoria, Cássia Kis foi denunciada no compliance da emissora por 15 artistas que citaram situações de homofobia dentro e fora do ambiente de trabalho, além de comportamento inadequado da artista nos bastidores da série Desalma e da novela Travessia.
No dia 8 de novembro, cinco jornalistas fizeram reclamações formais à Globo, alegando ataques da atriz à imprensa pelo WhatsApp. Ela também chegou a ser expulsa de um grupo de troca de mensagens por vizinhos revoltados com suas falas.
“Embora eu não deseje o mal de ninguém, nem por isso aceito as pechas equivocadas que alguns têm lançado sobre mim. E por quê? Porque aprendi o valor de uma boa reputação, construída com trabalho e amor ao longo de muitos anos. E também porque aprendi que com a verdade não se brinca. Portanto, não posso simplesmente dar de ombros perante os murmúrios que atingem tanto a pessoa como a artista”, declarou Cássia.
“Gosto de ficar pelada”
Quem vê Cássia Kis hoje em dia levaria um susto ao descobrir que ela nem sempre adotou este tom moralista.
No começo dos anos 1990, a atriz estava no auge após se consagrar como a sensual Maria Marruá, a mulher que virara onça na primeira versão de Pantanal, produzida pela TV Manchete.
Por conta disso, ainda neste mesmo ano, a artista retornava à Globo, desta vez para estrelar a novela Barriga de Aluguel, de Glória Perez, na qual viveu a jogadora de vôlei Ana. A protagonista era uma mulher moderna e decidida, casada com Zeca (Victor Fasano). Mas o casal não conseguia ter filhos e, por isso, contratam o serviço de uma barriga de aluguel.
A atriz analisou, na época, que o sucesso de Pantanal foi responsável por obrigar a Globo a apostar numa nova linguagem em suas novelas.
“Sinto que Barriga de Aluguel tem a preocupação de ser melhor do que a que está no ar. Mas o desenho é de mais uma novela com um tema que pode polemizar”, opinou ela na Folha de S. Paulo de 28 de agosto de 1990.
Para Cássia, Barriga de Aluguel estava apostando em cenas “mais sem pudores”, pouco comuns para uma novela das seis da noite. Principalmente nas que contracenava com Victor Fasano.
“Duas coisas eu gosto: ficar pelada e ver gente pelada. E fazer cenas de amor com ele é uma delícia”, disparou.