Imperador do Brasil entre 1831 e 1889, Dom Pedro II está tendo sua vida retratada na novela Nos Tempos do Imperador, que termina na próxima sexta (04).

Além da atuação política do governante, interpretado por Selton Mello, a trama destaca o envolvimento dele com Luísa, a Condessa de Barral, vivida por Mariana Ximenes. Mas essa relação extraconjugal realmente existiu?

Como era comum na época, Pedro II se casou por procuração, em 30 de maio de 1843, com a princesa Teresa Cristina (Letícia Sabatella), cuja mão foi oferecida pelo governo do Reino das Duas Sicílias.

No entanto, de acordo com historiadores, o Imperador ficou decepcionado quando conheceu a esposa, a quem havia visto somente num retrato. Apesar disso, o casamento foi mantido e eles tiveram duas filhas, Leopoldina e Isabel.

Apesar da fama de bom moço, Dom Pedro II teve diversos romances extraconjugais. O mais famoso deles foi com Luisa Margarida de Barros, que acabou ganhando o título de Condessa do Barral quando se casou com Eugênio (Thierry Tremouroux). Luísa Margarida de Barros Portugal era casada com Eugène de Barral, com quem teve um filho, Horace Dominique.

Como mostrado na novela, Luísa se tornou preceptora das princesas Isabel e Leopoldina e deixou o governante encantado. Segundo a historiadora Mary Del Priore, que escreveu a biografia da Condessa, ela foi sua grande paixão.

Mesmo após a volta de Luísa para a Europa, junto com o marido, eles continuaram trocando cartas apaixonadas, num relacionamento que durou 34 anos, até a morte de ambos. Luísa morreu em 14 de janeiro de 1891, aos 74 anos, na França.

Outros romances

Mas essa não foi a única aventura do Imperador fora do casamento. Dom Pedro II teve outros romances extraconjugais que provavelmente não serão retratados na novela.

Ele também teve um tórrido romance com a Condessa de La Tour (foto acima), nascida na França.

Cartas mostram pedidos por fotos, fios de cabelo e registram declarações de amor picantes.

“Acredito que eu a amo com paixão. Deve estar certa de que nunca senti, por quem quer que seja, o que sinto por você”, galanteou.

Outra conquista foi Ana Maria, a Condessa de Villeneuve, a quem escreveu:

“Quantas loucuras fizemos sobre a cama grande com os dois travesseiros. Amo-te cada vez mais, e não posso expressar suficientemente o que sinto por ti”.

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