No dia 22 de novembro de 2014, reportagem de capa da revista Veja São Paulo mostrou a história da ex-modelo Loemy Marques, viciada em crack.
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A repercussão da história rapidamente chamou a atenção de oito programas de televisão, que disputaram a tapa a participação da garota, oriunda do interior do Mato Grosso.
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De acordo com o site Notícias da TV, ela recebeu um telefonema de uma pessoa que imitava a voz de Silvio Santos se oferecendo a ajudá-la caso fosse a uma atração do SBT. Posteriormente, recebeu uma ligação da produção do Domingo Legal.
A jovem também foi colocada à força dentro de um carro de um programa vespertino, sumindo por algumas horas. Neste caso, teriam lhe oferecido R$ 500 e drogas em troca de uma entrevista. Até a Globo procurou a jovem.
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Hora do Faro
Quem venceu a parada foi Rodrigo Faro, que levou Loemy ao palco da atração que comanda até hoje nas tardes de domingo, o Hora do Faro.
A ex-modelo foi mantida confinada em um hotel durante toda a semana que antecedeu a aparição, em 30 de novembro daquele ano. Também foram gravadas entrevistas com ela na Cracolândia, na capital paulista, onde ela morou por dois anos, e nos bastidores da Record.
A conversa na degradada área teve que ser interrompida porque Loemy sentiu cheiro de crack e ficou com vontade de usar a droga.
No palco, maquiada e com os cabelos arrumados, ela reencontrou a mãe e pediu-lhe perdão. Em seguida, foi enviada para a clínica de reabilitação Grand House.
Lembranças
Livre do vício, ela participou do programa Pânico, na Rádio Jovem Pan, em junho de 2016. Lá, relembrou algumas passagens de sua carreira, incluindo o caminho que a levou à dependência química, numa trama parecida com a da personagem Larissa, interpretada por Grazi Massafera em Verdades Secretas (2015).
“Minha agente me dava cocaína para eu não engordar. Era uma coisa meio que natural”, revelou, acompanhada do psicoterapeuta Sergio Castillo.
A modelo morava no Itaim Bibi, mas acabou se mudando para o centro de São Paulo. Foi aí que os problemas aumentaram. Depois de ter sido assaltada, estava na rua, chorando, quando uma pessoa lhe ofereceu crack.
“Fiquei anestesiada e naquele momento passou o desespero”, explicou. “Fiquei usando de vez em quando, até um ponto que eu usei todos os dias sem parar. Só parava quando eu não aguentava mais, que precisava comer e dormir. Quando fiquei uma semana usando, tive uma parada cardiorrespiratória”, relembrou.
Segundo Loemy, a experiência na Cracolândia, evidentemente, foi traumatizante. Ela foi salva por uma pastora, que ajudava os viciados do local e indicou-a para a reportagem da Veja.
“Eu dormia em tendas, de projetos sociais do governo. As vezes que eu dormi na rua, aconteceram coisas horríveis. Acordar sem roupa ou dormir sozinha e acordar acompanhada”, pontuou.
Atualidade
No mesmo ano, ela voltou ao Hora do Faro, onde o apresentador comemorou sua recuperação e seu novo visual.
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Anos depois, Loemy, atualmente com 30 anos, comanda a Comunidade Terapêutica Caminho de Luz, em Machado (MG), que cuida de dependentes químicos.
“Eu não imaginava chegar a esse ponto. A moda não me trouxe fama, mas a fama está me possibilitando ajudar outras pessoas”, declarou à Veja São Paulo, que mostrou como ela estava quatro anos depois do ocorrido, em 2020.