Morreu no dia 28 de dezembro, aos 81 anos, o cinegrafista Ivalino Raimundo da Silva. Gaúcho, como era conhecido, sofria do mal de Parkinson há 24 anos e foi vítima de complicações da Covid-19.
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Ele foi internado na véspera de Natal no Hospital Geral do Ingá, em Niterói (RJ), com problemas pulmonares. No dia 28, acabou sofrendo duas paradas cardíacas e não resistiu.
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Gaúcho teve passagens por TV Rio, TV Tupi e TV Globo, quando ficou famoso nacionalmente ao virar alvo de brincadeiras de Fausto Silva no Domingão do Faustão, na década de 1990.
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Calado e sisudo, era o alvo preferido de Faustão na hora das piadas. Com cara de poucos amigos, ficava parado e seguia seu trabalho, ignorando as brincadeiras do apresentador.
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Chamado de “corno”,” tarado do asfalto”, “gaúcho do armário”, “mais antigo câmera da América Latina”, “galã de velório”, entre outros, Ivalino virou um personagem do programa. Na hora do quadro As gatinhas do Faustão, também ouvia as piadas e uma trilha sonora que ia de Maysa a Agostinho dos Santos.
Muita gente pensava se tratar de um personagem, mas não era. Em 1995, o câmera finalmente perdeu a paciência e processou a Rede Globo e Fausto Silva, pedindo uma indenização de um milhão de reais por danos morais e materiais. Na época, o câmera afirmou não reclamar por temer represálias.
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A Globo recorreu alegando que não houve desrespeito aos direitos individuais do câmera e que ele teria autorizado o uso de sua imagem. Em 2003, o STF manteve a condenação à emissora e ao Faustão.
Gaúcho deixou a esposa Ruth Gomes Pereira, quatro filhos, quatro netos e um bisneto. “Nós estávamos juntos há 31 anos. Ele era viúvo e os quatro filhos dele me adotaram como mãe. Antes de ele ficar acamado, nós viajávamos, saíamos muito”, contou ela à revista Quem.