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Prestes a completar dois anos no ar, o Caldeirão com Mion nem de longe consegue repetir a empolgação de sua estreia. Isso porque o programa se tornou refém de uma fórmula pronta e previsível, o que o tornou extremamente cansativo.
Marcos Mion à frente do Caldeirão (Reprodução / Globo)Com isso, o público já debandou. O programa de auditório de Marcos Mion perdeu audiência e repercussão nas redes sociais. Se a Globo não tomar logo uma providência, corre-se o risco de afundar a atração de vez.
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Audiência em queda
De acordo com dados de audiência obtidos pelo portal NaTelinha, o Caldeirão com Mion vem experimentando uma queda no Ibope. Em maio de 2021, quando ainda era Caldeirão do Huck, o programa anotou média de 14 pontos no Kantar Ibope Media. No ano seguinte, já comandado por Marcos Mion, a atração alcançou 12,1 no mesmo mês. Número que caiu para 11,9 em maio deste ano.
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Além da audiência em queda livre, a atração também não tem obtido grande repercussão nas redes sociais. Algo que causa estranhamento, já que Marcos Mion tem excelente entrada na web e o próprio Caldeirão com Mion surfou nesta popularidade em seus primeiros meses.
O encolhimento do público do programa se justifica, sobretudo, pela extrema e inexplicável dificuldade de renovação que o Caldeirão demonstra. Dois anos depois da estreia, a atração segue sobrevivendo basicamente dos mesmos quadros de sempre, o que já cansou.
Programa previsível
Caldeirão com Mion foi lançado em setembro de 2021 com quatro quadros: Mãe, tô na Globo!, Isso a Globo Mostra, Tem ou Não Tem e Sobe o Som. Meses depois, a fórmula segue a mesma, o que deixa o programa previsível. Quem liga a Globo no sábado à tarde já sabe que Mion vai abrir o programa distribuindo crachás da emissora a quem lhe enviar vídeos inusitados.
O quadro tinha sua graça no início, já que brincava com a própria empolgação de Mion quando ganhou o seu crachá na emissora. No entanto, dois anos depois, já não faz o menor sentido insistir com essa bobagem.
Já os games Tem ou Não Tem e Sobe o Som viraram uma espécie de “maldição” no programa. As atrações já revezaram com outros quadros, mas acabam sempre voltando, pois seus “substitutos” não tiveram lá muita aceitação.
Toque de Caixa, por exemplo, foi criado para substituir o Tem ou Não Tem, mas não empolgou e o game de perguntas acabou voltando. O espaço foi ocupado pelo ABC do Mion, que também não disse a que veio.
Já o Sobe o Som reveza com o Caldeirola, um típico quadro de calouros. Ou seja, não há perspectivas de mudanças. É basicamente um revezamento das mesmas atrações de sempre.
Mudança urgente
Marcos Mion é um apresentador que construiu sua carreira na TV com bastante ousadia e originalidade. Mesmo quando deixou de lado a pecha de “moleque arteiro da MTV” para se tornar um animador familiar, ainda no Legendários da Record, o artista mantinha certa inquietação.
Estranhamente, tal inquietação virou acomodação na Globo. Hoje, Mion comanda uma série de games sem alma, que se repetem e enfraquecem o Caldeirão semana após semana. Nenhum programa sobrevive com tamanha incapacidade de renovação.
Mion estreou na Globo resgatando o espírito do programa de auditório “raiz”, o que é válido. Porém, o apresentador estacionou em uma fórmula pronta e só se mantém líder de audiência porque não há concorrência no horário. O Caldeirão precisa de uma ampla e urgente reforma geral.