Em novembro do ano passado, uma notícia bombástica sacudiu a televisão brasileira. Camila Queiroz, protagonista de Verdades Secretas 2, do Globoplay, acabou se desentendendo com a emissora e não concluiu a trama.
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Ao longo da história do veículo, alguns artistas já deixaram novelas pela metade. Os motivos são os mais variados: brigas, troca de emissora, descontentamento com os rumos do personagem e muito mais.
Confira 10 exemplos na lista abaixo:
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Antônio Calloni
Desgostoso com seu personagem, Gustavo, Antonio Calloni pediu para deixar o elenco de Páginas da Vida, novela produzida entre 2006 e 2007 pela Globo e que está sendo exibida pelo Viva.
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O autor Manoel Carlos optou por matar o personagem em um acidente de carro, deixando Márcia (Helena Ranaldi) viúva.
Tarcísio Meira
Conturbada novela de 1968 da Globo, A Gata de Vison perdeu seu protagonista, Tarcísio Meira, que ficou descontente com a autora Glória Magadan.
Ela se apaixonou por outro ator, Geraldo Del Rey, que era o vilão da novela, e acabou mudando a personalidade dos dois personagens.
Irritado, Tarcísio pediu para ser morto na trama, sendo substituído por Milton Rodrigues. Del Rey acabou virando o mocinho da história.
Regina Duarte
Em 1969, Regina Duarte era uma promissora atriz do elenco da TV Excelsior quando foi contratada pela Globo para viver a protagonista de Véu de Noiva.
Com isso, ela acabou deixando o canal, que caminhava para a falência, abandonando seu papel em Dez Vidas, onde vivia Pompom. Sua personagem foi substituída por Leila Diniz.
Geraldo Del Rey
No ano seguinte, foi a vez de Del Rey deixar uma trama da Globo, novamente por conta de Magadan.
Ele vivia Luciano em Véu de Noiva e acabou aceitando convite da autora, dispensada pela Globo, para atuar em E Nós, Aonde Vamos?, única novela que ela fez na Tupi.
Para driblar a saída do ator, Janete Clair assassinou o personagem e criou um “quem matou” que contribuiu para o sucesso da trama.
José Wilker
Com o fracasso de O Bofe, novela das dez de 1972 da Globo, o autor Bráulio Pedroso acabou sendo afastado pela emissora, sendo substituído por Lauro César Muniz.
Inconformado com a saída de Pedroso, José Wilker pediu para deixar a produção. Seu destino foi inusitado: seu personagem, Bandeira, morreu de tanto rir.
Nelson Caruso
A Barba Azul, novela produzida entre 1974 e 1975 pela Tupi, acabou perdendo o ator Nelson Caruso durante as gravações. Ele, que vivia Tony Duarte, foi contratado pela Globo.
Ivani Ribeiro criou um novo personagem, chamado Maurício Moraes (Edgard Franco), que acabou ficando com suas funções – na trama, ele Tony era ator e foi contratado por uma “emissora carioca”.
Vera Fischer e Felipe Camargo
Além de não empolgar o público, Pátria Minha (1994) pegou fogo nos bastidores com as intensas confusões de Vera Fischer e Felipe Camargo, que ainda eram casados.
Numa gravação, ela apareceu com o antebraço esquerdo quebrado. A atriz foi afastada e muitas alterações tiveram que ser feitas nos capítulos.
Ela ainda voltou à trama, mas por pouco tempo. As brigas e os constantes atrasos foram a gota d’água para a Globo eliminar os personagens de Vera e Felipe, que morreram em um incêndio em um hotel – ambos também foram afastados das futuras produções da casa por um bom tempo.
Logo em seguida, já separados, o casal se separou e iniciou uma batalha judicial pela guarda do filho.
Humberto Martins
Humberto Martins deixou o elenco de Verão 90, novela produzida em 2019 pela Globo. Insatisfeito com seu personagem, ele pediu afastamento da trama na metade, alegando problemas de saúde.
E não foi a primeira vez: após alguns desentendimentos, o ator deixou o elenco de Kubanacan (2003), voltando somente no final da história.
José Condessa
Antes de Camila Queiroz, o caso mais recente havia acontecido em Salve-se Quem Puder. O ator português José Condessa, que vivia Juan, acabou deixando a Globo para protagonizar uma novela na TVI, emissora do seu país.
Segundo ele, já havia um acerto prévio e não se contava com a pausa na trama. Suas funções na novela foram assumidas por um novo personagem, vivido por Rodrigo Simas.
Existem mais casos a serem mencionados: Dilma Lóes (O Bem-Amado), Lúcia Veríssimo (Roda de Fogo), Joana Fomm (Cambalacho), Cláudio Cavalcanti e Marcos Paulo (O Salvador da Pátria), Glória Menezes (Vira-Lata) e Drica Moraes (Império), entre muitos outros.