Novo cartaz do Vale a Pena Ver de Novo, A Favorita é uma novela que angariou muitos fãs, consagrou a vilã Flora (Patrícia Pillar) e consolidou o nome de João Emanuel Carneiro como um dos principais novelistas da Globo. No entanto, nem tudo foram flores nos bastidores da produção.

A Favorita

Durante as gravações da novela, que aconteceram entre 2008 e 2009, um desentendimento entre Claudia Raia, que vivia a protagonista Donatela, e Ricardo Waddington, diretor de núcleo da trama, quase prejudicou os trabalhos da produção.

Quem revelou este bastidor conturbado foi a própria atriz, em seu livro Sempre Raia um Novo Dia (HarperCollins, 2020). Claudia Raia contou que teve uma discussão feia com Ricardo Waddington porque os dois divergiram sobre a composição de Donatela.

Segundo a atriz, o diretor teria pedido que ela atuasse de forma mais minimalista, no mesmo tom que Patrícia Pillar imprimiu a Flora. Mas Claudia Raia não concordou.

“Melhor chamar outra atriz”

Ricardo Waddington

Segundo a atriz, não era isso que estava combinado entre ela e o diretor quando os dois começaram os trabalhos de A Favorita. Por isso, ela revidou a ordem de Waddington.

“Então é melhor você chamar outra atriz, porque não foi isso que você combinou comigo”, disse ela ao diretor. “Você me pediu para fazer uma mulher rude”, relembrou.

Ainda de acordo com a artista, o clima ficou muito ruim, pois a atriz acabou chorando, enquanto Waddington falou mais coisas a ela. Com isso, a atriz ainda revelou que encontrou uma maneira um tanto inusitada para “se vingar”.

A Favorita

Claudia contou ainda que, após toda a confusão, resolveu aprontar para cima de Ricardo Waddington. Ela, então, pegou os óculos do diretor e os escondeu. Segundo a atriz, Waddington teria ficado mais de três horas procurando o objeto.

Para poder voltar ao trabalho, o diretor se rendeu e pediu desculpas à atriz.

“Ele me pediu desculpa diante de todos, devolvi os óculos, a temperatura baixou, criamos uma ponte e acabou tudo em amor”, disse ela, afirmando que a rusga foi superada e os dois se dão muito bem até hoje.

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor