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A melhora de Deus Salve o Rei é evidente desde que Afonso (Rômulo Estrela) assumiu o trono de Montemor. Mais dinâmica e com conflitos bem amarrados, a novela de Daniel Adjafre deixou para trás o período de marasmo, expondo a intervenção acertada de Ricardo Linhares. E nesta quinta-feira (07/06), a trama, dirigida por Fabrício Mamberti, exibiu a aguardada briga de Catarina (Bruna Marquezine) e Amália (Marina Ruy Barbosa).
Após um longo tempo de troca de ironias e provocações, as rivais finalmente partiram para o confronto direto. Afonso não conseguiu um empréstimo do Conselho de Cália porque os reis não aceitam seu casamento com uma plebeia e exigem que a majestade se case com Catarina. Como Montemor sofre uma grave crise financeira, o rapaz chegou a considerar essa possibilidade, mas Amália flagrou sua dúvida no exato momento em que conversava com seu conselheiro. Foi o bastante para dar um basta naquela situação, expulsando a rival do castelo.
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No entanto, ao segurar Catarina pelo braço e arrastá-la para fora do palácio, diante do povo, a mocinha deu toda a munição que a vilã precisava. A rainha de Artena bancou a vítima e não revidou os ataques de Amália. Ainda fez questão de provocá-la em voz baixa, dizendo que Afonso seria dela, implicando em uma bofetada da inimiga, que partiu para cima a enchendo de tapas e puxões. Um barraco que mancharia a imagem de qualquer reino.
E manchou. A população passou a desprezar bem mais a companheira do rei, ficando ao lado de Catarina, e Afonso se viu em uma posição cada vez menos confortável.
Foi a melhor cena de Marina Ruy Barbosa e Bruna Marquezine juntas. A entrega das duas ficou perceptível, convencendo no clássico embate do bem contra o mal. O descontrole emocional de Amália, após um longo tempo aturando o deboche da inimiga, foi muito bem exposto por Marina e a dissimulação de Catarina, fingindo chorar diante do povo e escondendo sua satisfação com o destempero da rival, destacou a facilidade que Bruna tem em derramar um vale de lágrimas em cena. Não foi uma sequência muito longa, mas honrou a expectativa gerada. Até porque rendeu um novo desdobramento no enredo, aumentando essa tensão entre as inimigas.
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O clichê da surra da mocinha na vilã raramente falha em novelas. Não seria diferente em uma trama medieval. O autor, aliás, pecou ao evitar mais confrontos ao longo da novela. Nos primeiros meses, por exemplo, as personagens mal contracenavam e Catarina ficava apenas tramando suas jogadas, enquanto a história se arrastava e não apresentava qualquer conflito relevante. A já citada volta de Afonso ao posto de rei de Montemor que proporcionou uma maior aproximação entre as duas, resultando em boas provocações que acabaram implicando nessa ótima briga.
Deus Salve o Rei vem conseguindo despertar atenção do telespectador com um enredo melhor estruturado e esse embate entre Amália e Catarina representou uma boa catarse, expondo o bom desempenho das atrizes.