O Big Brother Brasil iniciou sua trajetória na Rede Globo em 29 de janeiro de 2002, portanto há 19 anos. No entanto, os primeiros apresentadores do reality, Pedro Bial e Marisa Orth, foram definidos pouco antes da estreia. Antes disso, a emissora penou para encontrar quem comandasse a atração.

Ainda envolto em dúvidas, principalmente por conta da inesperada concorrência da Casa dos Artistas, do SBT, o primeiro BBB foi confirmado pela Globo somente em dezembro de 2001. Enquanto isso, Silvio Santos preparava a segunda edição de seu clone.

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Inicialmente, a Globo pretendia estrear o Big Brother somente em abril de 2002, mas antecipou para janeiro justamente por conta do plágio do SBT – cogitou-se a participação de artistas e famosos no elenco, mas a ideia foi descartada para seguir o padrão internacional da atração, criada na Holanda.

Enquanto os dias passavam, os dirigentes quebravam a cabeça para encontrar um apresentador. Na metade de dezembro, ocorreu uma importante mudança: a Globo trocou o diretor artístico do reality, saindo Luis Gleiser, que desde abril se dedicava ao projeto, e entrando J. B. de Oliveira, o Boninho, que havia dirigido a primeira e a terceira edições do No Limite, primeiro programa do gênero exibido pelo canal.

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“Boninho foi “intimado” a dirigir Big Brother porque a Globo atribui a ele os acertos de No Limite. Para a emissora, o segundo “No Limite”, sem Boninho, não emplacou porque não foi bem dirigido e editado”, explicou a Folha de S.Paulo de 14 de dezembro daquele ano.

Enquanto isso, no dia 16 de dezembro, o Jornal do Brasil disse que o favorito para comandar o programa era o ator Antonio Fagundes, que vinha da novela Porto dos Milagres. Ele já havia comandado, com êxito, o Você Decide, no início dos anos 1990.

Depois que Fagundes foi descartado, outro nome estudado foi o de Zeca Camargo, que comandava o No Limite. Mas, de acordo com o jornal, a então diretora-geral da Globo, Marluce Dias da Silva, era contra.

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No mesmo dia, o jornal O Estado de S. Paulo disse que, entre as mulheres, as favoritas eram as atrizes Marisa Orth e Cissa Guimarães.

Em 22 de janeiro, o impasse continuava. “[Boninho] ainda não encontrou alguém com a projeção e o savoir faire de Silvio Santos para interagir com os reclusos. Pelo que se ouve, Fausto Silva, que seria perfeito, foi descartado porque a casa não está satisfeita com seus níveis de audiência. Mais uma razão para dar-lhe algo diferente para fazer”, escreveu César Giobbi.

“Depois, pensaram em Antonio Fagundes, mas logo concluíram que o perfil do ator não tem nada a ver com esta chanchada voyeurística. Tiraram do colete o nome de Miguel Falabella. De fato, Falabella seria uma boa escolha. Mas, consultado ontem, declarou que não terá nada a ver com o BBB. Só quer saber de seu projeto com Cláudia Jimenez, que foi aprovado”, completou.

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A apenas cinco dias da estreia, no dia 24 de janeiro, enfim veio o anúncio: Pedro Bial seria o âncora do programa, com a companhia de uma mulher, que ainda seria anunciada. No dia seguinte, foi confirmado o nome de Marisa Orth.

Após a estreia, a dupla não funcionou na prática. Ainda pegando o jeito, eles não se entrosaram e a atriz recebeu muitas críticas da mídia.

Após algumas gafes, como anunciar que um participante, Caetano, já estava no paredão antes mesmo da indicação do líder e da votação dos demais integrantes da casa, Orth foi deslocada para um quadro de entrevistas, até que sumiu definitivamente do reality.

Pedro Bial acabou se tornando a cara do BBB no país e é lembrado até hoje público. Ele deixou o comando do programa em 2016, após comandar o BBB16, passando o bastão para Tiago Leifert, que segue até os dias de hoje como titular do programa.

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