Em quase 13 anos, o Canal Viva já reapresentou várias novelas. Em março, além de Senhora do Destino (2004), que estreou no dia 13, o Viva também trouxe A Sucessora (1978), no dia 27.

Cara & Coroa - Christiane Torloni
Divulgação / Globo

Outros títulos, porém, “bateram na trave”, como Cara & Coroa (1995, foto acima). Nove tramas anunciadas pelo canal ou por veículos especializados na cobertura televisiva acabaram voltando para a gaveta; algumas ganharam espaço no Globoplay.

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Rejeição

Pecado Capital - Carolina Ferraz e Francisco Cuoco
Divulgação / Globo

O caso de maior repercussão, certamente, foi o de Pecado Capital (1998). O remake do clássico de Janete Clair, assinado por Gloria Perez, foi escalado para substituir Felicidade (1991) em 2013.

Com índices baixíssimos para os padrões da época em que foi exibida, e desacertos entre os protagonistas Francisco Cuoco e Carolina Ferraz, Pecado Capital acabou rejeitada pelo público do Viva.

Diante dos protestos, o canal trocou a segunda versão de ‘Pecado’ pela de Anjo Mau (1997). No ano seguinte, o folhetim foi novamente programado, desta vez como sucessor de História de Amor (1995). Os espectadores chiaram de novo!

Troca-troca

Lua Cheia de Amor - Francisco Cuoco e Marília Pêra
Nelson Di Rago / Globo

O Viva então promoveu uma enquete para definir o título seguinte a ‘História’. Logo após Tropicaliente (2014), a campeã, o canal apostou na segunda colocada, Despedida de Solteiro (1992).

A terceira trama, porém, só voltou graças ao Globoplay. Lua Cheia de Amor (1990, foto) ficou no aguardo de uma oportunidade na TV Paga que nunca veio…

Jogo da Vida (1981) e Cara & Coroa também foram cotadas para a faixa das 15h30 – que hoje abriga Força de um Desejo (1999) –, mas não entraram.

A primeira, adiantada pela jornalista Patrícia Kogut, de O Globo, perdeu a vaga para Bebê a Bordo (1988). A segunda, também anunciada por Kogut, foi trocada por Paraíso Tropical (2007).

Falhas no acervo

Roda de Fogo - Bruna Lombardi e Tarcísio Meira
Divulgação / Globo

Não se sabe o que levou o Viva a abrir mão de Jogo da Vida e Cara & Coroa… Ti-ti-ti (1985) e Roda de Fogo (1986) foram descartadas por problemas relativos ao conteúdo.

Ti-ti-ti foi anunciada pelo próprio canal em um vídeo institucional. A Globo, contudo, dispõe apenas da versão internacional da novela de Cassiano Gabus Mendes.

O Viva preza pelos originais, com apenas duas exceções em seus muitos anos de história: Dancin’ Days (1978), reeditada a partir do material disponível para o mercado externo, e Terra Nostra (1999), com problemas relativos à trilha sonora.

Assim, Tititi acabou trocada por Brega & Chique (1987), também de Cassiano. Já Roda de Fogo (1986) deu lugar a Explode Coração (1995) e A Indomada (1997).

A obra de Lauro César Muniz foi disponibilizada no Globoplay tempos atrás. Foi quando o público soube, enfim, o que inviabilizou a transmissão na TV Paga: a Globo não dispõe do capítulo 90, o que compromete o entendimento do espectador mais desatento.

Divisão

Locomotivas - Aracy Balabanian e Lucélia Santos
Divulgação / Globo

Recentemente, Patrícia Kogut e Cristina Padiglione (da Folha de São Paulo) divulgaram a intenção do Canal Viva de exibir Locomotivas (1977), Gabriela (1975) e Um Anjo Caiu do Céu (2001).

Locomotivas, prevista para substituir O Salvador da Pátria (1989), acabou deslocada para o Globoplay – a trama deve pintar no streaming até o fim de 2023.

O mesmo se deu com Um Anjo Caiu do Céu, cotada para a faixa de Coração de Estudante (2002). Diante da necessidade de distribuir títulos entre os veículos do grupo, a Globo alocou ‘Um Anjo’ na plataforma e escalou Corpo Dourado (1998) para o Viva.

Gabriela não tem previsão de retorno. Os direitos do romance de Jorge Amado pertencem a Warner Bros. Pictures, o que inviabiliza a disponibilização – inclusive da segunda versão, produzida em 2012.

O clássico estrelado por Walter George Durst foi cogitado para a vaga de Pão-Pão, Beijo-Beijo (1983), ocupada por Bambolê (1987).

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Apaixonado por novelas desde que Ruth (Gloria Pires) assumiu o lugar de Raquel (também Gloria) na segunda versão de Mulheres de Areia. E escrevendo sobre desde quando Thales (Armando Babaioff) assumiu o amor por Julinho (André Arteche) no remake de Tititi. Passei pelo blog Agora é Que São Eles, pelo site do Canal VIVA e pelo portal RD1. Agora, volto a colaborar com o TV História.