Barriguda, Pantanal está há três semanas parada nos mesmos diálogos

Pantanal

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Semanas #14 e #15

Fiquei duas semanas sem escrever as reviews de Pantanal, o que pode vir a ser uma constante daqui em diante. O motivo: a barriga da novela. Se quase nada acontece, não há o que comentar.

Já falei de barriga em minha última review (semana #13). Duas semanas se passaram e a trama continua estagnada.

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Bruno Luperi está seguindo tão à risca o roteiro do avô que mantem a mesma barriga da novela dos anos 1990.

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Como citei anteriormente, o último acontecimento relevante, que movimentou a história de fato, foi a morte de Levi, no capítulo da segunda-feira do dia 13 de junho.

De lá para cá, cenas e diálogos têm se repetido à exaustão: o vai-e-vem de Juma e Jove (tapera-fazenda-tapera-fazenda), os mesmos diálogos de Jove e o pai sobre Juma; os mesmos diálogos na segunda família de Tenório (os filhos confabulando sobre a fazenda do pai, o racismo do pai, a mãe pondo panos quentes); os mesmos surtos de Tadeu, enciumado com a preferência de Zé Leôncio por Jove; e as mesmas cenas de assédio de Zé Lucas sobre Juma.

Resumo

Podemos resumir as duas últimas semanas de Pantanal dessa forma:

– as cenas das queimadas, em que o Velho do Rio agonizou e foi cuidado por Juma;
– Guta terminou o relacionamento com Tadeu e ele pediu perdão a Zé Leôncio;
– Marcelo chegou ao Pantanal. Guta, por causa dele, desistiu de ir embora. Depois foi a vez dela ir a São Paulo para conhecer a outra família do pai;
– Mariana e Zaquieu chegaram ao Pantanal. Depois Zaquieu foi embora, após ter sofrido homofobia por parte dos peões;
– O Velho do Rio orientou Juma a ficar na tapera e a ter um filho com Jove. Ela e Jove começaram a transar loucamente;
– Depois foram Irma e Trindade que começaram a transar (loucamente);
– Tibério pediu Muda em casamento (mas não transaram).

Repetição de diálogos

Até três semanas atrás, Pantanal era uma novela ágil, com vários acontecimentos tomando frente ao mesmo tempo e movimentando a história. Era de se admirar mesmo que a trama fosse permanecer assim por muito tempo. De três semanas para cá, as cenas de ação sumiram e prevalecem os diálogos.

Até aí, problema algum, se esses diálogos mantivessem a agilidade da trama. Mas não é o caso. O que se vê é a repetição de diálogos. Quantas vezes Jove e Zé Leôncio tiveram a mesmíssima conversa sobre Juma? Em casa, no avião, no carro, na rua, na chuva, na fazenda – menos na casinha de sapê de Juma.

Ainda bem que Mary Bru, Alcides e Zefa garantem a diversão, com cenas engraçadas (“Qué bolo, bem?“). Maria continua sendo a melhor personagem da novela.

Em tempo: Zaquieu precisa retornar, para movimentar o Pantanal, dar a volta por cima e ensinar sobre diversidade e respeito aos peões.

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