Êxito do horário das sete da Globo, Vai na Fé conquistou o público de cara. Mesmo assim, a autora Rosane Svartman se mostrou bastante atenta à reação da audiência com a história e não se furtou a alterar os rumos do enredo, quando necessário.

MC Cabelinho e Clara Moneke - Vai na Fé
MC Cabelinho (Hugo) e Clara Moneke (Kate) em Vai na Fé (Manoella Mello / Globo)

Com isso, a escritora confessou, em entrevista, que promoveu alguns ajustes no folhetim por conta da resposta do espectador. O crescimento do personagem Hugo, de MC Cabelinho, foi uma das mudanças impressas na trama.

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Personagem cresceu

Vai na Fé - MC Cabelinho
MC Cabelinho como Hugo em Vai na Fé (Manoella Mello / Globo)

Rosane Svartman conversou com o jornal Extra em maio e fez um balanço sobre a boa aceitação de Vai na Fé, então próxima do capítulo 100, junto ao público. A autora se mostrou satisfeita com a receptividade da trama e surpresa com o fato de ela ter se mantido atual, mesmo tendo sido adiada por conta da pandemia.

Mas, embora Vai na Fé tenha sido abraçada pelo público, a autora confessou que ajustes foram inevitáveis. Ela explicou que, com a novela no ar, algumas mudanças se fazem necessárias, já que a resposta do público e a interação com os atores influi no processo criativo.

Rosane citou como exemplo o personagem Hugo, interpretado por MC Cabelinho. Rosane elogiou o ator e atribuiu ao seu desempenho o crescimento do tipo na trama.

“Ajustes, tivemos alguns, simplesmente assistindo à novela, observando a interação dos atores, que nos inspiram a crescer ou a fazer novas tramas. O Hugo, do Cabelinho, por exemplo, ganhou mais peso, é um ator que traz magnetismo pra esse papel”, analisou.

Vai na Fé é a segunda novela de MC Cabelinho, que, além de ator, é cantor e compositor. Seu primeiro trabalho na TV foi em Amor de Mãe (2019), vivendo o personagem Farula, um dos comparsas de Kátia (Vera Holtz) e Marconi (Douglas Silva).

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Ficção x vida real

MC Cabelinho e Bella Campos
MC Cabelinho e Bella Campos (Reprodução / Instagram)

O bom desempenho de MC Cabelinho, aliás, salvou seu personagem da morte. A ideia inicial era que Hugo, um bandido comparsa de Orfeu (Jonathan Haagensen), morresse no decorrer da trama. No entanto, o personagem sobreviveu e ganhou um arco de redenção.

Hugo se envolveu com projetos sociais da igreja frequentada por Sol (Sheron Menezzes) e sua família. Com isso, o rapaz largou de vez a vida no crime. Neste processo, ele se aproximou de Jenifer (Bella Campos).

O romance surpreendeu, já que, desde o início da novela, a filha de Sol estava dividida entre Tatá (Gabriel Contente) e Eduardo (Matheus Abreu). Enquanto isso, Hugo sempre esteve envolvido com Kate (Clara Moneke).

Ao envolver Jenifer e Hugo, a autora Rosane Svartman levou para a ficção o amor da vida real, já que seus intérpretes, Bella Campos e MC Cabelinho, são namorados. O romance começou durante a preparação dos atores do folhetim.

Outro destaque

Clara Moneke - Vai na Fé
Clara Moneke como Kate em Vai na Fé (Reprodução / Globo)

Na mesma entrevista, Rosane Svartman destacou o desempenho da estreante Clara Moneke, que brilha como Kate. A autora contou que a atriz foi a última a ser escalada, já que centenas de testes foram realizados até que Clara conquistasse o papel.

“Essa personagem me é muito cara, porque tem relação direta com a Fatinha (Juliana Paiva) de Malhação: intensa como a vida (2012): politicamente incorreta, mas de bom coração; truqueira; se acha a esperta… Ela nada seria sem o brilho da Clara. Com essa intérprete, o texto só cresce”, exaltou.

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor